tag:blogger.com,1999:blog-84490449023375778112024-03-13T11:57:36.223-07:00Lecturis Salutem"" eram as palavras latinas usualmente empregadas por copistas no início de seus trabalhos e significa "Saudações ao leitor".Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-26418267916805724092016-12-27T00:00:00.000-08:002016-12-27T04:40:27.497-08:00Leituras de 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sou uma pessoa cheia de dúvidas, mas uma das certezas que tenho sobre mim mesma é que sou metódica e leitora voraz. Essa combinação - que provavelmente chega às raias da loucura - faz com que eu mantenha uma disciplina ferrenha sobre minhas leituras. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Inicialmente, eu costumava anotar somente o título do livro e a data em que eu o havia lido. Depois, em 2009, criei uma conta no <i>Skoob </i>e acabei registrando tudo por lá mesmo. Mas, no início desse ano, eu tive a grande ideia de criar uma planilha no <i>Google Docs</i> e registrar todos os dados das minhas leituras num único documento.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Dividi a planilha nas seguintes colunas: título do livro; autor (a); gênero do escritor (homem ou mulher); data original de publicação; nacionalidade do autor; idioma em que li a obra; tradutor; editora; edição do exemplar que li; ano da edição lida; coleção/série; número total de páginas; gênero de literatura; fonte de aquisição (compra, empréstimo, presente, download); formato do livro (papel ou digital); data de término da leitura.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A minha planilha tem mais ou menos essa aparência:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPhzvvjPEZOnDXtE7gmMHhbgXygB0c5kPWc30cl5RdTfuVKqi3kciC1-Dq7y7SiP8g4Qh0MbrBn2cepPU_B7Qi_nDEV4TBFIIfxQ9KKl-q9LN26z6Px0Q2OAIh7u4bHVzQ-K4OU7NWaJxB/s1600/leituras.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPhzvvjPEZOnDXtE7gmMHhbgXygB0c5kPWc30cl5RdTfuVKqi3kciC1-Dq7y7SiP8g4Qh0MbrBn2cepPU_B7Qi_nDEV4TBFIIfxQ9KKl-q9LN26z6Px0Q2OAIh7u4bHVzQ-K4OU7NWaJxB/s400/leituras.bmp" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O objetivo com a criação da planilha era ter uma compilação mais simplificada e de fácil acesso dos dados referentes às minhas leituras e, também, a geração de gráficos que me ajudassem a compreender mais sobre os meus métodos literários.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Com o fim do ano se aproximando, dei por finalizada a minha lista de leituras de 2016 e, enfim, pude gerar os tão esperados gráficos!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esse ano eu li 47 livros, totalizando 10.899 páginas. Dessas leituras, 03 foram publicadas no século XIX, 08, durante o século XX, e 36, no século XXI, sendo 07 delas lançamentos em 2016. Com isso, posso concluir que sou uma leitora contemporânea. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Minhas leituras foram bem equilibradas no que se refere ao gênero dos autores mas, ainda assim, os homens ficaram na frente com 51,1%. Eu tinha o objetivo de ler mais mulheres esse ano, mas às vezes os livros é que nos escolhem e os planos acabam ficando um pouco de lado.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quanto à nacionalidade dos autores, fiquei impressionada com o empate entre brasileiros e estadunidenses, somando 27,7% das minhas leituras, cada um. Em segundo lugar, vieram os ingleses com 14,9% e, em terceiro, os franceses, com 12,8%. A partir desses dados, pude perceber que leio mais escritores estrangeiros.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esse ano, eu me obriguei a diversificar minhas possibilidades de leitura entre os três idiomas que tenho domínio. Obviamente, os livros em língua portuguesa foram a esmagadora maioria, num total de 85,1%; em seguida veio o francês, com 10,6% e, por fim, o inglês, com 4,6%. Fiquei bem satisfeita!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A editora de quem mais li livros foi a Intrínseca e, apesar da minha busca em variar os gêneros literários, o mais lido deles foi o romance. Não é nenhuma surpresa pra mim que a grande fonte das minhas leituras ainda venha da compra (74,5%), mas fiquei muito admirada em saber da proporcionalidade que alcancei entre os livros em papel (53,2%) e os digitais (46,8%). Adoro os livros físicos, mas o espaço disponível para armazenamento está cada vez menor. Além disso, tenho uma preocupação sustentável também, o que tem me ajudado a dar preferência aos e-books.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para facilitar a visualização de todas essas informações, elaborei uma espécie de "infográfico" (de recursos escassos - leia-se "feito no paint", porque não tenho nenhuma habilidade com ferramentas tecnológicas) que está logo abaixo.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4YGo1SVXl-40-K7NAPQ0pPGjetMvV1RU6kaSLBGah7UiEeABHYx5zmHcRdlrdkek1ka5EwWR_IOFRTQ32Y6tO6FAy38FvMCzSK-RwhwqXGeB7hrg7IIx83Dqh25hu5V6AFMqxMMbbQ7J0/s1600/infograficoleitura.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4YGo1SVXl-40-K7NAPQ0pPGjetMvV1RU6kaSLBGah7UiEeABHYx5zmHcRdlrdkek1ka5EwWR_IOFRTQ32Y6tO6FAy38FvMCzSK-RwhwqXGeB7hrg7IIx83Dqh25hu5V6AFMqxMMbbQ7J0/s1600/infograficoleitura.bmp" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sempre tenho muita dificuldade em apontar meu livro favorito do ano e, por isso, vou listar os que mais me agradaram. São eles:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-indent: -18pt;">Vincent</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;">, Barbara Stok;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-indent: -18pt;">A garota dinamarquesa</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;">, David Ebershoff;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-indent: -18pt;">A Vida das Musas</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;">, Francine Prose;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-indent: -18pt;">O Mito da Beleza</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;">, Naomi Wolf;</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-indent: -18pt;">Guia de uma ciclista em Kashgar</i><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;">, Suzanne Joinson.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH9zxGI5swIw5ADOXsUR49qYTyu7HbSue3YAIxcvRJY2Hdh4So1Jb-gbwNvENLQeIKS-ztFrTL3rEcE0bEbIwxNL1fkQVpecPRyVl1OSoGKZVFRbGK3Ftmpvwjnuf-GZcLyIhoN2c34_Q9/s1600/livros.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH9zxGI5swIw5ADOXsUR49qYTyu7HbSue3YAIxcvRJY2Hdh4So1Jb-gbwNvENLQeIKS-ztFrTL3rEcE0bEbIwxNL1fkQVpecPRyVl1OSoGKZVFRbGK3Ftmpvwjnuf-GZcLyIhoN2c34_Q9/s400/livros.bmp" width="317" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-26467034453461937322016-12-20T03:53:00.001-08:002016-12-20T03:53:28.528-08:00Autumn<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tenho reparado que já faz mais de um ano que não posto nada
de novo no blog. Acredito que isso seja uma constante de todos aqueles que
decidem enveredar nesse tipo de aventura. A verdade é que, de uns tempos pra
cá, a disponibilidade para o blog passou a ser mais escassa diante dos
compromissos – e da preguiça também, por que não? Contudo, o vácuo da ausência sempre
ecoava em mim e me causava aquele desconforto de algo inacabado. Pois bem, agora
estou de volta, por tempo indeterminado, de certo, mas de volta.</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Além da longa ausência, a aparência do blog também me
incomodou um pouco. Não que eu tenha enjoado do olhar da Jaroslava, mas acho
que o blog merecia ganhar um novo aspecto depois de tanto tempo. Por fim, nem fiz
tantas alterações, só mudei a imagem de cabeçalho mesmo. Da obra de Mucha (1860-1939), passamos para Barnet (1911-2012), um grande artista do século XX. O detalhe que ilustra a apresentação do blog foi retirado de uma de suas obras mais famosas: a série <i>Silent Seasons.</i> Nesse trabalho, Will Barnet retrata praticamente a mesma cena por meio de um único ponto de vista, mas com as peculiaridades de luz e sensações que cada estação do ano evoca.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0dRWFTgO1U7blYLWuopUQWTVo-_X1zm_N7tVqaHazNeKCwyDmfNcs5YfY9CHDmtbteomYcURy6mDfYKPX3LAlA6jsAdLJywnFA30Pu4wUkZs17kscdpv7ZlymC6eM32v113TYk8sx0KxO/s1600/9d2550edd5de72a3a155fc3b74fedd66.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0dRWFTgO1U7blYLWuopUQWTVo-_X1zm_N7tVqaHazNeKCwyDmfNcs5YfY9CHDmtbteomYcURy6mDfYKPX3LAlA6jsAdLJywnFA30Pu4wUkZs17kscdpv7ZlymC6eM32v113TYk8sx0KxO/s1600/9d2550edd5de72a3a155fc3b74fedd66.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><i>Silent Seasons</i>, Will Barnet. Litografia colorida em papel Rives BFK, 1968-1974. 66,2cm x 51,1cm.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;">Inverno, Verão, Outono, Primavera.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Escolhi a cena <i>Autumn</i>. Nela, há uma moça debruçada sobre uma mesa. Uma de suas mãos apoia o queixo e seu olhar parece vago, distante; uma pose de reflexão. Sobre a mesa, alguns livros e uma fruta. No parapeito da janela, uma papagaio observa a moça. E no recorte projetado pela janela, vemos a sombra de uma árvore lá fora. A luz é melancólica, mas passa a impressão de um ambiente aconchegante. Além de o outono ser a minha estação favorita, acho que a pintura de Barnet evoca a proposta do blog: um espaço acolhedor e reflexivo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo de sua extensa vida, Will Barnet ficou conhecido por produzir pinturas que variavam entre uma forma simplificada de realismo e um simbolismo poético e visionário. Ele costumava dizer que havia se deparado com a pintura ainda criança e que, com ela, descobriu que ser um artista lhe daria capacidade de criar algo que viveria após a morte. Com seus traços singelos, Barnet realmente venceu a interrupção categórica da vida e sua obra continuará inspirando ou, até mesmo, modificando vidas. Essa página pessoal não tem finalidades grandiosas muito menos soberbas - inclusive, penso que escrevo para ninguém além de mim mesma - mas, é sempre bom estar envolta por pessoas e obras iluminadas, como Barnet.</span></div>
</div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-5303483710857607392015-09-02T06:53:00.004-07:002015-10-06T04:39:00.225-07:00A história do Brasil nas ruas de Paris<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Sou o tipo de pessoa que, antes de viajar, faz um apanhado de tudo o que merece ser visitado. É claro que é muito bom ter aquela sensação de se descobrir num lugar desconhecido, mas muitas coisas interessantes podem passar despercebidas se confiarmos apenas nos nossos passos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um dos meus sonhos (e de grande parcela da humanidade!) é conhecer Paris, "la plus belle ville du monde", como diz a canção. Um dos meus estímulos é o estudo de francês, mas, também, poder estar na "capital do mundo", palco de grandes fatos históricos e lar de ilustres personalidades. Ir a Paris já tem a sua graça, mas ir a Paris com uma bagagem cheia de curiosidades sobre seus monumentos e traçado, é muito mais interessante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Como disse Manuel Bandeira, quem vai a Paris, volta cheio de Paris. Mas, o que muita gente não sabe, é que uma ida à Cidade Luz pode desvendar muitos segredos sobre a origem do próprio viajante. Foi o que descobri com a leitura do livro "A história do Brasil nas ruas de Paris", publicado no ano passado pela Casa da Palavra. Seu autor, o brasileiro Maurício Torres de Assumpção, residente em Paris há alguns anos, teve sua atenção despertada para certos detalhes nas ruas da capital francesa. Aqui e acolá, o nome de uma personalidade brasileira despontava numa placa ou monumento da cidade e, por trás de suas "pedras empoeiradas", ele descobriu que havia muitas histórias pitorescas e emocionantes carregadas de essência humana. Aprofundando-se em suas pesquisas, Assumpção decidiu, por fim, registrá-las em livro, para nossa sorte!</span></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQX6O1FPHLjNlWblp9xhNT070PLOjPWVJHxzVfaK-nZkCuEc50Tl353UXeGXpGqbQ14qRE0quRA7nuIATTaS0Bb0qDVKTBY82N_jZ0zLXbDo8TSmkXfTPaugmu_IMHXsCm7cfhl3jT5ib-/s1600/11219567_876550399090998_4655738249736162281_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQX6O1FPHLjNlWblp9xhNT070PLOjPWVJHxzVfaK-nZkCuEc50Tl353UXeGXpGqbQ14qRE0quRA7nuIATTaS0Bb0qDVKTBY82N_jZ0zLXbDo8TSmkXfTPaugmu_IMHXsCm7cfhl3jT5ib-/s400/11219567_876550399090998_4655738249736162281_o.jpg" width="398" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A capa do livro e uma pequena contribuição minha.</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"A história do Brasil nas ruas de Paris" trata de fatos da história brasileira que, vão muito além de uma simples relação com a capital francesa, mas que foram responsáveis por deixar a marca do Brasil nos anais da França. Assumpção narra 200 anos de história, desde o início do século XIX até os dias atuais, desvendando curiosidades sobre Paris e, de quebra, fornecendo muita informação sobre a formação de nosso país e a criação de sua imagem no exterior.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O livro é dividido em sete capítulos, cada um responsável por um tema ou uma personalidade brasileira que revela "a saga dos brasileiros que deixaram seu legado na cidade de Paris – seja um legado concreto, literalmente, como o de Oscar Niemeyer; ou contribuições para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, como fizeram D. Pedro II e Alberto Santos Dumont; ou, ainda, uma melodia no coração dos parisienses, cortesia de Heitor Villa-Lobos."</span></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span>
<div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">
<div>
Nas quase 500 páginas, Assumpção narra com propriedade e com muitíssimos detalhes as histórias fascinantes dos monarcas D. Pedro I e II, as esquisitices dos positivistas, as invenções mirabolantes de Santos Dumont, a formação de Villa-Lobos e os talentos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Acabamos por conhecer as histórias da França e do Brasil e, também, a biografia desses personagens que, de tão ilustres, acabam se tornando distantes de nós; seus nomes há tanto tempo fazem parte de nosso cotidiano que, às vezes, nem sabemos ao certo o por quê da veneração que a eles é disposta.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Além do conteúdo, que é de fácil assimilação, devo destacar a diagramação do livro. As páginas com as notas, por exemplo, se encontram ao fim de cada capítulo, mas são de cor diferente, o que facilita (e muito!) na hora de buscar as referências. Há também fotografias belíssimas que ilustram as principais curiosidades e QR Code's para agilizar na busca de um vídeo no Youtube. No entanto, acredito que o principal diferencial do livro é dispôr, de forma simples e clara, os endereços de todas as locações citadas no livro. Assim, além de narrar sobre os principais fatos da relação entre Brasil e França, o livro se torna uma espécie de guia para o turista brasileiro que poderá visitar os locais citados com extrema facilidade, pois o autor disponibiliza todas as informações possíveis, desde o endereço e como chegar até lá, além dos dias e horários em que estarão disponíveis.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Devo ressaltar que tamanha abordagem se fez através de uma pesquisa a muitas instituições, como museus, bibliotecas e arquivos, além de entrevistas, e com base numa bibliografia bem fundamentada que conta com nomes de historiadores renomados, como José Murilo de Carvalho e Lilia Moritz Schwarcz.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
A leitura desse livro foi agradabilíssima e, tenho certeza, que quando eu tiver a oportunidade de estar na Cidade Luz, a "flanêrie" por suas ruas será muito mais proveitosa e emocionante. Portanto, o livro está mais do que recomendado: é uma obrigação aos amantes de Paris! Espero que muitos possam ter a oportunidade de viajar nessa aventura sem fim, afinal, a história continua! À bientôt, mes amis!</div>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-36302319209332935502015-08-26T07:31:00.001-07:002015-08-26T10:35:50.744-07:00Além de caule e folhas: simbolismos da Ginkgo biloba<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde a primeira vez que vi uma árvore de Ginkgo biloba eu
fiquei fascinada. Não que ela se destacasse muito dentre outras árvores, mas sim,
devido à sua folhagem. As folhas de Ginkgo biloba possuem um formato diferente
das que estamos acostumados a ver, e isso foi o suficiente para eu me
apaixonar. Inclusive esperei o inverno chegar para guardar comigo um exemplar de
uma das folhas que caiu da árvore. Essa espécie é caduca, ou seja, perde todas
as suas folhas no inverno que, de verdes, passam a um lindo tom amarelado. Lá
se vão cinco anos e cá está a folha comigo! </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz-OdqHGuAqsm1iGdVhN8NCGoJlShcjtojQhVjEI3CFVPToE1fLPDeJKbzxP6_1yMxf_bNKj-iWU8Cex1XxGmD7R9AHiIF1-3Yg-yT0ED4lxeP6mGL668nC8ZoPH0qYrnryUJS_Sn98tNZ/s1600/DSC06865.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz-OdqHGuAqsm1iGdVhN8NCGoJlShcjtojQhVjEI3CFVPToE1fLPDeJKbzxP6_1yMxf_bNKj-iWU8Cex1XxGmD7R9AHiIF1-3Yg-yT0ED4lxeP6mGL668nC8ZoPH0qYrnryUJS_Sn98tNZ/s400/DSC06865.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Minha folha de Ginkgo biloba.</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Se não bastasse toda essa paixonite, eu ainda dei uma de
curiosa e passei a pesquisar mais sobre a árvore. E aí que eu fui definitivamente
cativada. Primeiramente, descobri que a árvore é considerada um fóssil vivo*,
pois ela existe desde o período Jurássico, ou seja, há mais de 200 milhões de
anos. Com o cataclismo que extinguiu os dinossauros, muitas variantes de Gingko
biloba também deixaram de existir. Cientistas europeus acreditaram, até o
século XVII, que essa espécie estava totalmente extinta, quando o pesquisador
alemão Engelbert Kaempfer encontrou um exemplar no Japão em 1691. As árvores de
Ginkgo biloba sobreviveram na Ásia, principalmente no Japão, China e Coreia, onde
foram cultivadas em mosteiros e templos. Provavelmente, a árvore de Ginkgo
biloba é hoje uma das mais antigas do planeta!</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não fui somente eu fascinada pela sua beleza. Desde o século
XI, há registros da árvore na literatura, arte e medicina orientais. No
entanto, as propriedades da Ginkgo biloba já eram exaltadas desde o século V a.
C., principalmente por Confúcio (551-487 a. C.) que amava ler, meditar e
ensinar sob as copas da árvore. Toda a cultura oriental se apropriou da árvore,
até mesmo os coques masculinos e femininos das dinastias japonesas foram
inspirados no formato das folhas de Ginkgo biloba. </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5y5RknsI3-TFqLgYeo9AjhqskmuI23beqR6pkHvs2DBJ7ewzDOoVjRZBTZU8s5xVDAOcV5udDM1pPeGIvU9ZVMqndOE2akE2PSVdnjWTXOGXPbeVZk_HKTKnSzcmN4pREPzr_t5PkEyJ3/s1600/virtuousmen2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5y5RknsI3-TFqLgYeo9AjhqskmuI23beqR6pkHvs2DBJ7ewzDOoVjRZBTZU8s5xVDAOcV5udDM1pPeGIvU9ZVMqndOE2akE2PSVdnjWTXOGXPbeVZk_HKTKnSzcmN4pREPzr_t5PkEyJ3/s400/virtuousmen2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Detalhe de um mural chinês (séc. V) representando Confúcio sob uma árvore de Ginkgo biloba (à direita). </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyMSW8B1IoPNj3RfQ1wS47tfxTrdYbAKr60AhJnPbh5oSB_oosehAr0_6X3rDQyD7ZSckyFOsAzwHsEqWhq3zciaP9kc9349kAUiWeSjFCG3dIMqDqz7hISMuXeRCnInAH6ow14i4qRjcr/s1600/img485.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyMSW8B1IoPNj3RfQ1wS47tfxTrdYbAKr60AhJnPbh5oSB_oosehAr0_6X3rDQyD7ZSckyFOsAzwHsEqWhq3zciaP9kc9349kAUiWeSjFCG3dIMqDqz7hISMuXeRCnInAH6ow14i4qRjcr/s400/img485.jpg" width="263" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
"Miss Ginkgo". Kitagawa Utamaro. Japão, período Edo, c. de 1793.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E isso, claro, fazia referência não só à sua estética, mas
também, aos seus aspectos simbólicos. Até hoje, a espécie de Ginkgo biloba é
motivo de veneração, como uma árvore sagrada, um símbolo de união dos opostos,
fazendo referência ao yin e yang, pois a Ginkgo biloba é uma espécie dioica,
isto é, possui os órgãos reprodutores masculino e feminino. O “biloba” do nome,
inclusive, faz referência ao tema da dualidade e se refere à estrutura de dois
lóbulos da folha da árvore.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Para muitos, a espécie também é tida como símbolo da
permanência, por sua força e longevidade, não somente por ter sobrevivido ao
desastre que extinguiu os dinossauros, mas também, por ter resistido a um
outro: o da bomba atômica. Após o ataque de 6 de agosto de 1945 a Hiroshima, no
Japão, constatou-se que muitos espécimes de Gingko biloba, afastados cerca de 1
km do local atingido, não haviam sofrido danos. Após esse fato, além de estar
relacionada à resistência e vitalidade, a árvore de Ginkgo biloba passou a
representar esperança e paz.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma coisa curiosa é que seu caráter simbólico se mistura
também com suas propriedades físicas. O nome Ginkgo biloba não é estranho a muitas pessoas, pois suas sementes e folhas são utilizadas pela indústria
farmacêutica para a confecção de remédios, principalmente, àqueles destinados
ao desempenho do cérebro, relativos à concentração e memória. Como já dissemos
anteriormente, a espécie de Ginkgo biloba é antiquíssima e, por esta razão, é
tida como portadora de uma existência longa
e, portanto, de uma memória longínqua. Há uma bela frase do paleobotânico Sir Albert Seward (1938) sobre isso: "A árvore de Ginkgo biloba invoca uma alma histórica: vemo-la como um emblema da imutabilidade, uma herança de mundos muito remota para a compreensão de nossa inteligência humana, uma árvore que mantém segredos de um passado imensurável".</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao chegar ao Ocidente, após a descoberta do cientista
alemão, a árvore de Ginkgo biloba passou a ser idolatrada pelo mundo inteiro.
Grandes artistas a tomaram como inspiração para suas obras. Goethe fez um poema; o movimento Art Nouveau a imortalizou em pinturas, móveis e construções; e
hoje, suas folhas são encontradas, desde vestimentas, joias e tatuagens, até no
design de postes de iluminação e tampas de bueiros.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-3ElrCV-36uHhw41544_6zB8R-wBCNXc-fng_Snsyab2ShEM9IDoFztEsbVG8Ck-bUkj-U1_w4fc1bBoEHwxloY58X_zrE_NBNp2R-ccMFc3gfgNv-EObDIQDW69xZEWi3NVN9XdgxPlj/s1600/Goethelarge3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-3ElrCV-36uHhw41544_6zB8R-wBCNXc-fng_Snsyab2ShEM9IDoFztEsbVG8Ck-bUkj-U1_w4fc1bBoEHwxloY58X_zrE_NBNp2R-ccMFc3gfgNv-EObDIQDW69xZEWi3NVN9XdgxPlj/s400/Goethelarge3.jpg" width="291" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Poema de Goethe (1815).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes de terminar, preciso destacar só mais um detalhe. Pitágoras já revelou que a natureza é lógica e que há proporção em toda a sua forma. As folhas de Ginkgo biloba, como tantos elementos naturais, também se enquadram na Sequência de Fibonacci, ou Razão Áurea, que foi muito utilizada na arte para alcançar a regularidade e beleza estética. Talvez esteja aí o segredo para tanto deslumbramento!</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5b-VUDlX8RvJUMPpUA1dQ4hns-lZ06rXRDX2q37_JPumFkqm3DKtQ3xtIJk2PHu_OerBeVIrcHWX0yw_sj3a-68b30bGB0eFirO3lul7G-4MpCLo8BNMNUYleTZ5H_smoNBXI1crEzUz/s1600/Gingko_biloba_JPG2b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx5b-VUDlX8RvJUMPpUA1dQ4hns-lZ06rXRDX2q37_JPumFkqm3DKtQ3xtIJk2PHu_OerBeVIrcHWX0yw_sj3a-68b30bGB0eFirO3lul7G-4MpCLo8BNMNUYleTZ5H_smoNBXI1crEzUz/s400/Gingko_biloba_JPG2b.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Espécimes de um parque na Bélgica. Jean-Pol GRANDMONT.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Para saber mais:</span></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">http://kwanten.home.xs4all.nl/</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">http://ginkgopages.blogspot.com/</span><br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 15.3333320617676px;">*</span>O
termo “fóssil vivo” foi criado por Charles Darwin na sua obra “Origem das
Espécies”de 1859.</span></div>
</div>
</div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-30631554152952224732015-08-12T09:45:00.001-07:002015-08-12T09:52:36.164-07:00Workshop Restauro de Jardins Históricos<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre os dias 21 e 23 de abril estive em Juiz de Fora (MG) para participar do Workshop Restauro de Jardins Históricos promovido pela <span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">Fundação Museu Mariano Procópio, em colaboração com a Escola de Belas Artes/UFRJ, e com o apoio da Rede de Gestores de Jardins Históricos e da Fundação Casa de Rui Barbosa</span>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipoPUdpTJ7Gl68US9PyUzWSOfzT8W_I153Yqb_o5FC4aeCm0M-Cs7DqSkNA2Hi3EgjBzVul331sRLJigEdgo6wihcRcGZCugrXazN4QD5vvMKfu_L0b638Hjydu6_PMT74yBhMqlSAfk76/s1600/11133886_766077706833383_362027276016124013_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipoPUdpTJ7Gl68US9PyUzWSOfzT8W_I153Yqb_o5FC4aeCm0M-Cs7DqSkNA2Hi3EgjBzVul331sRLJigEdgo6wihcRcGZCugrXazN4QD5vvMKfu_L0b638Hjydu6_PMT74yBhMqlSAfk76/s320/11133886_766077706833383_362027276016124013_n.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">O objetivo do workshop foi fornecer as bases necessárias para a confecção de um projeto de restauro, baseando-se nas experiências do processo de restauração do jardim da Fundação Museu Mariano Procópio e sua abertura ao público na totalidade da área verde que contempla.</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"> </span>Os trabalhos foram coordenados pela Professora <span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">Cristina Castel-Branco* em colaboração com Raquel Carvalho**, ambas arquitetas paisagistas de origem portuguesa com longos anos de experiência na área de restauro de jardins históricos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">No primeiro dia, logo de manhã, tivemos uma a</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">ula teórica sobre as regras de restauro do patrimônio utilizadas pelo ICOMOS, os problemas mais recentes de bacias visuais em torno do patrimônio e a apresentação de casos de sucesso e insucesso. </span></span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20.844446182251px;">Dentre as metologias de restauro, estudamos três delas. Primeiramente, vimos os quatro princípios postulados por Carmem Añon que consistem em: 1. Respeito pelo traço existente; 2. Os contributos de outras épocas têm de ser valorizados (é preciso encontrar estratégias que possibilitem a harmonia entre as camadas de tempo); 3. Evitar as dissonâncias (o ambiente do jardim deve remeter ao tempo de sua origem); 4. Realizar um estudo aprofundado do objeto pois as soluções se encontram nele próprio. Em seguida, verificamos as metodologias do National Trust, de origem inglesa, que nos dá as bases do jardim aberto ao público. O NT postula, primeiramente, o interesse histórico-cultural do espaço de um lado, e o interesse funcional de outro. Através da análise desses dados, encontra-se uma definição de zonas homogêneas que contemplem esses dois interesses. A partir daí são traçados os objetivos estratégicos, as técnicas de restauro que serão empregadas, a confecção de um Plano Diretor para o desempenho das atividades e, por fim, a consulta de profissionais gabaritados. De uma forma descontraída, também comparamos o restaurador de jardins com um barbeiro que, se vendo diante de um cliente praticamente calvo precisa 1. proteger o que existe; 2. melhorar o que ainda há; e 3. Só então inventar. Tais princípios se baseiam nas diretrizes de Laurie Olin que enfatiza o respeito ao projeto original e defende as invenções somente no fim da intervenção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Após a aula teórica, todos os participantes foram divididos em cinco grupos: 1. História e Usos; 2. História e Restauro; 3. Botânica; 4. Hidráulica e; 5. Composição e envolventes. Cada grupo ficaria responsável pelo levantamento de dados, dos seus respectivos objetivos, em relação ao jardim do Museu Mariano Procópio. Essa divisão foi feita pelas coordenadoras do Workshop baseado nos currículos dos participantes presentes. Eu, juntamente com mais dois historiadores e uma estudante de arquitetura, ficamos responsáveis pelo grupo 1: História e Usos. Nós quatro nos dirigimos ao jardim e fomos guiados pelo Professor Carlos Terra, da Escola de Belas Artes/UFRJ, que nos forneceu informações históricas sobre a propriedade e despertou nossa atenção para os elementos paisagísticos. Depois da visita ao jardim, já na parte da tarde, colocamos nossas observações no papel e as apresentamos para os demais grupos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-size: 14px; line-height: 20.844446182251px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1xLTNuW_LYTRiBKtEGkVorufKwMSBavktWo0RJnEywHDoZms35a1ZTjoJKfgZLcjg9TTWh2GExQes3tzKOPkAj4v0jdXx0_HA2Emra2Q2ywXXy_43r_Bt36T0ucsGbrRUMBrbTk81d__6/s1600/11174789_823918651020840_8331213866760655230_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1xLTNuW_LYTRiBKtEGkVorufKwMSBavktWo0RJnEywHDoZms35a1ZTjoJKfgZLcjg9TTWh2GExQes3tzKOPkAj4v0jdXx0_HA2Emra2Q2ywXXy_43r_Bt36T0ucsGbrRUMBrbTk81d__6/s400/11174789_823918651020840_8331213866760655230_n.jpg" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Fazendo anotações em meio a belíssima paisagem do jardim.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEg11mqmqsCKOvgb3pW4eRjifTqMF6_4QG9uRSOLH0ojtsfP9Ec16ziGun9piNLRmwRSQ_OhsEifnQVUVzuNtQ631W88lST2FvBWvWUpOAgY4ilFfegq_8T17ydcmMhAq117eLpkAwIAZx/s1600/11167813_826215927457779_6213410997059311860_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEg11mqmqsCKOvgb3pW4eRjifTqMF6_4QG9uRSOLH0ojtsfP9Ec16ziGun9piNLRmwRSQ_OhsEifnQVUVzuNtQ631W88lST2FvBWvWUpOAgY4ilFfegq_8T17ydcmMhAq117eLpkAwIAZx/s400/11167813_826215927457779_6213410997059311860_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Professora Cristina Castel-Branco.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim_YN2WTQhX6yh9uZq1JiYsnFGrdVw3_xbIbwfovmL6s400NBA4gK14zvyC10WEhZ4VO0LFUghrS86oZLGlEN0yVOtpZzZdUzp0jtfSZyOMmGSBfT-q32edWuKZcjTeJTOZ0UlwFcmAVZU/s1600/10421489_826216007457771_4904527530647879001_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim_YN2WTQhX6yh9uZq1JiYsnFGrdVw3_xbIbwfovmL6s400NBA4gK14zvyC10WEhZ4VO0LFUghrS86oZLGlEN0yVOtpZzZdUzp0jtfSZyOMmGSBfT-q32edWuKZcjTeJTOZ0UlwFcmAVZU/s400/10421489_826216007457771_4904527530647879001_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Grupo "História e Usos" com o professor Carlos Terra.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmv4fsU_TKb4tAvcvNT-sh670jy7aLO4EVjfuIJDItMteE010iHzg4Qtin17LdvyUVTZjquOcjKWQ1_FR8wxb1MIFngIwb_9F4qgi1igS9zB6WN95uOAt-5T7CbHKsBmakanCnyiWQ4x5X/s1600/11162461_826216190791086_2147235461331377173_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmv4fsU_TKb4tAvcvNT-sh670jy7aLO4EVjfuIJDItMteE010iHzg4Qtin17LdvyUVTZjquOcjKWQ1_FR8wxb1MIFngIwb_9F4qgi1igS9zB6WN95uOAt-5T7CbHKsBmakanCnyiWQ4x5X/s400/11162461_826216190791086_2147235461331377173_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Preparo da apresentação.</div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20.844446182251px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">No dia seguinte, formamos novos grupos (ambiente, patrimônio, comunidade, turismo), a fim de </span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">aplicar os processos de análise, diagnóstico e preparação do produto final, através da confecção de uma planta com uma memória descritiva das linhas mestras de um Plano Diretor de Restauro.</span><span style="background-color: white;"><span style="color: #141823;"><span style="line-height: 20.844446182251px;"> Diferentemente do dia anterior, neste podíamos optar em qual grupo participar. Escolhi o de turismo e dividi os trabalhos com dois arquitetos e duas paisagistas. Pontuamos os problemas, levantamos os potenciais turísticos e elaboramos um projeto que priorizava a autossustentabilidade do Museu, através da cobrança de ingressos e gift shop, e a fácil acessibilidade e assimilação do ambiente pelo público. Acabamos ganhando uma menção por melhor proposta!</span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="line-height: 20.844446182251px;"><br /></span></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">Por fim, no terceiro e último dia, preparamos um projeto final de restauro por meio da reunião de todas as atividades organizadas pelos grupos ao longo dos dois dias passados. Foi então que percebemos o quanto de conhecimento havíamos conseguido reunir num</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"> curto espaço de tempo. Sem dúvida, a sensibilidade das coordenadores possibilitou uma otimização do evento com a troca de experiências e saberes entre os diferentes profissionais, onde cada um pode contribuir com sua formação e receber muito conhecimento. Além de tudo o que aprendi (que está sendo de grande valia para repensar o Parque São Clemente), vivi três dias intensos repletos de experiências maravilhosas, realizando o meu antigo sonho de conhecer tanto o jardim como a casa de Mariano Procópio, e reencontrando e ganhando amigos excepcionais.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20.844446182251px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSgeBzOcABeaXWw8RynuBsAPgO5s-lmjkAYJjBM5vkOhy37vHr1xmk7KpjfghkFokAqDlkuu7JOyBG7PJw3VF9Za54wPxPL20ZTG6bJ12cukCie03HqyY3C7p3I5o_BnpY7AEIhBmxSeRk/s1600/11156406_826216427457729_8028620269153471715_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSgeBzOcABeaXWw8RynuBsAPgO5s-lmjkAYJjBM5vkOhy37vHr1xmk7KpjfghkFokAqDlkuu7JOyBG7PJw3VF9Za54wPxPL20ZTG6bJ12cukCie03HqyY3C7p3I5o_BnpY7AEIhBmxSeRk/s400/11156406_826216427457729_8028620269153471715_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Apresentação final.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">* </span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">Arquitecta Paisagista formada pelo Instituto Superior de Agronomia, de Lisboa, em 1985, responsável pelo ACB Arquitetura Paisagística. Bolseira Fullbright–ITT, Mestre em Arquitectura Paisagista pela Universidade de Massachusetts em 1989. Doutorou-se em 1993 e fez a Agregação em 2006 no I.S.A., onde lecciona desde 1989 nas áreas de História de Arte de Jardins e Material Vegetal, desenvolvendo depois áreas de ensino em Ecologia da Paisagem e Restauro de Património Paisagístico e Projeto de espaços públicos. Presidiu à Secção de Arquitectura Paisagista durante dez anos e fez parte do Conselho Directivo do I.S.A. de 1993 a 1995. Em 1994 faz parte da equipe fundadora do Centro de Ecologia Aplicada no Instituto Superior de Agronomia. Actualmente é das disciplinas de História e Teoria da Arquitectura Paisagista da licenciatura, Projecto e Crítica da Paisagem e Recuperação e Gestão de Paisagens Culturais do Mestrado em Arquitectura Paisagista e dirige o Doutoramento em Arquitectura Paisagista e Ecologia Urbana (LINK), terceiro ciclo de Bolonha nesta área. Este Programa Doutoral criado em associação entre as Universidades Técnicas de Lisboa, de Coimbra e do Porto, duran desde 2009/2010. Cristina Castel-Branco leccionou como docente convidada em níveis de pós-graduação nas Universidades de Madrid, Manchester, Granada, Porto, Coimbra,,Tóquio, Ljubljana, e dirigiu o restauro do Jardim Botânico da Ajuda (1994-1997), tendo sido Directora deste jardim entre 1997 e 2002. Foi assessora chefe de Arquitectura Paisagista da Expo’98 e Directora do Projecto do Jardim Garcia de Orta. È conselheira da Unesco no Comité internacional de Paisagens Culturais e recebeu em 2013 a condecoração de Officier des Arts et des Lettres do Govverno Francês pelos trabalhos prestados ao património de jardins e paisagens culturais</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">** </span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">Licenciada em Arquitectura Paisagista em 2005, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa. Trabalha em ACB Arquitetura Paisagistica desde 2005.</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"> </span></span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 20.844446182251px;">Projectos:Restauro do Jardim de Vénus, Palácio Fronteira; Cortina arbórea, Palácio Fronteira; Casa de Fresco e Lago dos SS’s, Palácio Fronteira; Jardim Contemporâneo e Horta, Palácio Fronteira; Moradia no Estoril; Atelier ACB, Lisboa; Quinta do Poço das Romeiras, Portimão; Loteamento da Tapada das Pereiras, Portalegre; Lote 22 – L5 Penínula - Lagoa Formosa, Herdade da Comporta; Lote 2 e 4 – L8 Ilha - Lagoa Formosa, Herdade da Comporta; Parque Alqueva Design Guidelines; Jardim das Suites do Canal, Quinta das Lágrimas; Casa Grande, Quinta do Perú; Arborização e Enquadramento do Golfe, Quinta do Perú; Jardim do Lar D. Amélia, Abrantes; Vilarinhos, Loulé; Restauro do Sistema Hidráulico da Quinta das Machadas, Setúbal; Requalificação do Jardim Constantino Palha e Qualificação dos Espaços Exteriores do Bairro dos Avieiros; Parque Urbano da Cidade de Olhão; Jardim Duque da Terceira, Angra do Heroísmo; Hotel Marmoris, Vila Viçosa; Parque Urbano da Várzea, Setúbal; Arborização do Parque da Goldra, Covilhã.</span></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;"></span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 20.844446182251px;">
</span>
<br />
<div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 20.844446182251px;"><br /></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRjTrTvueVGD2uM97tzY0QSEPDgChlb89bVf_A9DZnIU9D8zz27gx97NBVgwbljXUJ-8AyXgaIEM6URoJvHIp1hxxMPprucorCueYbLEj0SrewEwV_GmHjDODGwiGMweDcpfrRiNaQfkHb/s1600/11036079_826216464124392_6145045755843728398_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRjTrTvueVGD2uM97tzY0QSEPDgChlb89bVf_A9DZnIU9D8zz27gx97NBVgwbljXUJ-8AyXgaIEM6URoJvHIp1hxxMPprucorCueYbLEj0SrewEwV_GmHjDODGwiGMweDcpfrRiNaQfkHb/s400/11036079_826216464124392_6145045755843728398_n.jpg" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Fachada lateral da casa de Mariano Procópio, atual museu.</div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20.844446182251px;"><br /></span></div>
</div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-77715355372113077232015-07-22T05:47:00.007-07:002015-07-22T06:34:48.039-07:00Visita: Casa Stefan Zweig<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Em julho do ano passado, fui ao cinema assistir "O Grande Hotel Budapeste". Na verdade, não foi uma escolha muito espontânea, pois, dentre as opções disponíveis, era o único filme legendado que me pareceu interessante. Já na sala de projeção, fui surpreendida, não somente pela qualidade e beleza da produção, mas também, por uma nota de esclarecimento que apareceu ao término do filme. Ela fazia menção ao escritor Stefan Zweig cuja obra fora tomada de inspiração pelo diretor do filme, Wes Anderson. Até aí, nada demais se não fosse por um simples detalhe: a data e o local da morte do escritor. Lá estava: "Petrópolis, 1942". Fui pega de surpresa! Não que eu soubesse muito sobre Stefan Zweig para ficar estupefata diante de uma informação desconhecida. O inesperado estava mesmo em descobrir que ele teve uma relação com o Brasil e, ainda por cima, em Petrópolis, município tão próximo de Nova Friburgo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao chegar em casa, fiz uma pesquisa básica e fui descobrindo mais sobre Stefan Zweig, sua história de vida e suas obras. Nascido em Viena em 28 de novembro de 1881, Zweig cresceu em meio aos costumes judeus e educação burguesa. Desde jovem apresentou familiaridade com a escrita, a qual se dedicou, seguindo a carreira literária ao se formar em Literatura e Filosofia. A partir dos 21 anos, conquistou seu espaço no mundo literário sendo reconhecido como um célebre escritor através suas inúmeras produções. Durante boa parte da sua vida, fez viagens e encontros que lhe renderam grandes amizades. James Joyce, Hermann Hesse, Sigmund Freud são alguns nomes ilustres com os quais Zweig teve a honra de conviver.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOLMKW8EasYXdtYDesLjOgR3XNRtvuhiivY1uSWBvVVmGq3c89FQpLB61WpojBDuWWUYGikzvzcg_tXc-2HM62uwYZMoOcqy4oL0Wh05EM6f19GRygUqtnIzfxdcALIYzgbE8OYXqXh8a3/s1600/73_g.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOLMKW8EasYXdtYDesLjOgR3XNRtvuhiivY1uSWBvVVmGq3c89FQpLB61WpojBDuWWUYGikzvzcg_tXc-2HM62uwYZMoOcqy4oL0Wh05EM6f19GRygUqtnIzfxdcALIYzgbE8OYXqXh8a3/s640/73_g.jpeg" width="442" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Stefan Zweig em 1941. Acervo: Casa Stefan Zweig.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Assustado com o avanço do nazismo pela Europa, Zweig decide se refugiar no Brasil com a sua segunda esposa, Lotte Altmann. Stefan já conhecia o Brasil de viagens anteriores e, inclusive, havia escrito um livro sobre o país intitulado "Brasil, um país do futuro". O casal chega em setembro de 1941 e escolhe a vida pacata da serra, alugando uma casa em Petrópolis. No início, a esperança de um recomeço deixava ambos felizes, mas a antiga vida agitada, rodeada de debates intelectuais em cafés movimentados, se fazia cada vez mais distante em contraponto a um cotidiano monótono e em meio a pessoas que não falavam outro idioma a não ser o português. Se não bastasse, Zweig assistia às covardias de uma guerra que não dava sinais de enfraquecimento. Cada vez mais deprimido, Zweig não viu outra alternativa a não ser o suicídio. Após escrever um bilhete de despedida, ele e sua esposa consumaram o gesto trágico, em 23 de fevereiro de 1942.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqYjaMTcyEUdFCx0vG8iuid190X7_PeFsQlxMN9jcfbQeCMgAJhfYBuePljomPYx4F_Ie0E6t3W4u2xYNFp4VE5If0F-7FFj59KIXQ8ymZieR07BmM-GyaGPEwRPnI4bNMj8hdJZDsinfh/s1600/1507003_830068207087059_4647132697968082760_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqYjaMTcyEUdFCx0vG8iuid190X7_PeFsQlxMN9jcfbQeCMgAJhfYBuePljomPYx4F_Ie0E6t3W4u2xYNFp4VE5If0F-7FFj59KIXQ8ymZieR07BmM-GyaGPEwRPnI4bNMj8hdJZDsinfh/s640/1507003_830068207087059_4647132697968082760_n.jpg" width="380" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Folha de identificação individual para o registro e estatística da entrada de estrangeiros em território nacional. Consulado Geral do Brasil em Londres, 27/5/1938. Arquivo Nacional, Serviço de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras, RJ BR AN, RIO BO, SPMAF-RJ REG.106535 fl10.</span></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Além da biografia de Zweig, a breve pesquisa me direcionou à casa onde ele residiu em Petrópolis. E, com prazer, pude constatar que hoje ela é um pequeno museu que tem, por finalidade, resguardar a memória de Stefan Zweig e divulgar a sua obra entre os brasileiros. Aberta ao público há pouco mais de dois anos, a casa conta com um pequeno acervo pessoal do escritor, conseguido através da doação de um sobrinha da esposa de Zweig. Estão expostos, por exemplo, suas penas de escrita, uma fotografia de Stefan autografada, seu tabuleiro de xadrez, livros de sua biblioteca pessoal. Todos esses objetos estão confinados num pequeno mostrador; é tudo o que se tem. Para muitos, talvez, esse pequeno acervo poderia parecer insignificante, mas, acredito que é a sua própria pequenez que o faz tão especial. Por serem poucos os objetos, acabamos nos detendo com mais cuidado, reparamos com minúcia em cada detalhe, o que os museus abarrotados de relíquias não nos permitem pois nossa atenção é constantemente alertada. Além disso, há muita produção cinematográfica, feita especialmente para o museu, algumas que narram sobre a vida e as obras de Stefan Zweig e outras com entrevistas sobre o tema.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9WehUvYhQULWi_Q8Wi01RXUq9h6TWfrqY6xXc7inoS4pkX0148Oqqvf-F4AYGH3p50h4VAUn028n4t9RA5QZGGwaHQfGMwrKlDSBnca6WaS0e3tLUNomvyvmVE7hzxPv0_mvMk7KqYtKZ/s1600/DSC02632.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9WehUvYhQULWi_Q8Wi01RXUq9h6TWfrqY6xXc7inoS4pkX0148Oqqvf-F4AYGH3p50h4VAUn028n4t9RA5QZGGwaHQfGMwrKlDSBnca6WaS0e3tLUNomvyvmVE7hzxPv0_mvMk7KqYtKZ/s400/DSC02632.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fachada da Casa Stefan Zweig.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwo2MrjcOTM8Um4Hyw7vPRYrHOe6ZNyL_JYkg7Y6lQ2JLIDzKagumTa1iJ47rs_bXjdWP39h331VWUGdcC0faheoaStlZKF6WccTFzEgzVzf0pTD9F3nO3gcMFOxMdPzagJJG5qCx5cOIw/s1600/DSC02607.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwo2MrjcOTM8Um4Hyw7vPRYrHOe6ZNyL_JYkg7Y6lQ2JLIDzKagumTa1iJ47rs_bXjdWP39h331VWUGdcC0faheoaStlZKF6WccTFzEgzVzf0pTD9F3nO3gcMFOxMdPzagJJG5qCx5cOIw/s400/DSC02607.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Interior da Casa Stefan Zweig.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihsRbfdPQrUne6n5bvt_U_pKzXV6FheJ3CGL12VE1xhTReRqJDZiIgz-lWODEcegP30IJaFUSFlYfK8eXdCvkRtiUSDqIkRJq4kvtKoVphfr0hR2ywujhvP4MWj5I18MBEPrvpOK57vWzm/s1600/DSC02612.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihsRbfdPQrUne6n5bvt_U_pKzXV6FheJ3CGL12VE1xhTReRqJDZiIgz-lWODEcegP30IJaFUSFlYfK8eXdCvkRtiUSDqIkRJq4kvtKoVphfr0hR2ywujhvP4MWj5I18MBEPrvpOK57vWzm/s320/DSC02612.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Livros do acervo pessoal do autor.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcTGL7Lhi2UakcUEzayE_cWprTdggFeOk8EM4Ud43vYPdZpk79xoKAmlGd30ml8nLi4fZlcefeQnDi6HAIaYcnf3tRB1o4gUe5mJyM7mwgqMxnXRtWz51pVwM3SY-eiVLUJ5LNA315Dvf2/s1600/DSC02620.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcTGL7Lhi2UakcUEzayE_cWprTdggFeOk8EM4Ud43vYPdZpk79xoKAmlGd30ml8nLi4fZlcefeQnDi6HAIaYcnf3tRB1o4gUe5mJyM7mwgqMxnXRtWz51pVwM3SY-eiVLUJ5LNA315Dvf2/s320/DSC02620.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Tabuleiro de xadrez de Stefan Zweig.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Devido ao pequeno acervo, a casa, além de um museu, é também um espaço cultural. Ali há, constantemente, exposições, palestras, apresentações de artistas. No período em que lá estive, a exposição tratava a respeito da agenda de contatos de Stefan Zweig. Segundo a curadora da exposição, a identificação dos nomes, além de revelar sobre o círculo de amizade de Zweig, também permitiria a pesquisa desses outros personagens e suas influências sobre o escritor austríaco.</span></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5EAUcumnt42H7QnE_Y7jogQomcvDIUlNItvF-gk63yhXqDBNLD2QwOOs00BMzGmc7H9ecy-Uh1eA1bWj95QHjlk2k_tqX4mTMOS2PYyUInu2BhHsdMfzUVo2NdYK-uGdPxqrrAj15Cwk_/s1600/DSC02614.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5EAUcumnt42H7QnE_Y7jogQomcvDIUlNItvF-gk63yhXqDBNLD2QwOOs00BMzGmc7H9ecy-Uh1eA1bWj95QHjlk2k_tqX4mTMOS2PYyUInu2BhHsdMfzUVo2NdYK-uGdPxqrrAj15Cwk_/s400/DSC02614.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Reprodução da agenda de contatos de Stefan Zweig.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Além de museu e espaço cultural, a Casa Stefan Zweig, se propõe a ser um lugar de memória para aqueles que, como Zweig, deixaram suas terras natais para se refugiarem em outras plagas. Para tanto, está sendo desenvolvida uma pesquisa sobre todos os nomes de refugiados que se estabeleceram no Brasil ao longo de nossa história. Mesmo em andamento, a pesquisa já estava bem adiantada e disponível em um totem interativo. Nele, podemos escolher a forma de busca mais conveniente, por meio de datas, locais ou profissões. Eu, no caso, acabei querendo saber sobre dois historiadores, claro! Ao escolhermos os nomes, ouvimos uma pequena narração sobre a biografia do personagem em questão e suas principais obras. É um trabalho muito bem feito e emocionante e que parece conversar muito bem com a casa e, até mesmo, com a localidade. A Casa Stefan Zweig está localizada na Rua Gonçalves Dias, o autor de "Canção do Exílio" que, como diz a placa defronte à construção, acaba sendo uma feliz "homenagem à fraternidade, à solidariedade e ao humanismo".</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7wue9pZTRB8X-y3-thJ8gdS5fpsXSxp4rqLPPdYw5fTXM3KrlUGPUwHze2DFRSASFkIAAImHzelQa1mYA6o-DnP0HghDSeOmSVMdxMUqujvRIBAhgeb6VPuxjm0yRbyJOr7d-9M6rc0vq/s1600/DSC02621.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7wue9pZTRB8X-y3-thJ8gdS5fpsXSxp4rqLPPdYw5fTXM3KrlUGPUwHze2DFRSASFkIAAImHzelQa1mYA6o-DnP0HghDSeOmSVMdxMUqujvRIBAhgeb6VPuxjm0yRbyJOr7d-9M6rc0vq/s200/DSC02621.JPG" width="145" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJCAvWrqvMRjLF8lHHMAdI0Mym5SQZCdDfHurUF9QAnoumw7tVd4X76stWz8BEpO3BEMN8YGaX3wf17GNB4fre0ld5UtREgUdUh4YrOS76cU7jxc6ami5v9pugbJT82WmNw1-zUcBF1EPi/s1600/DSC02623.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJCAvWrqvMRjLF8lHHMAdI0Mym5SQZCdDfHurUF9QAnoumw7tVd4X76stWz8BEpO3BEMN8YGaX3wf17GNB4fre0ld5UtREgUdUh4YrOS76cU7jxc6ami5v9pugbJT82WmNw1-zUcBF1EPi/s200/DSC02623.JPG" width="148" /></a><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Totem interativo sobre refugiados no Brasil.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0tEDF1IZXrDg-x5mmNmAMDFIaI34lA80ILvgMkGz9Fpj4LE2R8n8T6H7MFA1upAu5LOk4uEpQGNcgT0D6megMsXoXvdXebwj5TJKIJOD5A6zBnN8RoXO8zi3swDyWjvV6w0tloLj5G9a8/s1600/DSC02622.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0tEDF1IZXrDg-x5mmNmAMDFIaI34lA80ILvgMkGz9Fpj4LE2R8n8T6H7MFA1upAu5LOk4uEpQGNcgT0D6megMsXoXvdXebwj5TJKIJOD5A6zBnN8RoXO8zi3swDyWjvV6w0tloLj5G9a8/s400/DSC02622.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Stefan Zweig escreveu sua última obra nesta casa. Intitulada "Partida de xadrez", a novela é uma obra-prima que transcende o jogo de tabuleiro, mas que faz uso de sua tensão para retratar os horrores da guerra. Por esta razão, a Casa também abriga mesas com tabuleiro na varanda, além de um xadrez gigante no espaço do jardim. Não obstante a interatividade com o público, é uma forma sutil e bela de prestar homenagem aos últimos dias de vida de Stefan Zweig.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT4osRwI8mlxuMnBsnDcZk8qUh73gSnseH9HMYo3iNNpjRgg0Ep0h3qvd4JEb-0_SGsGK_AnPPVbnAsaTKdtoOq1GsuJvZi6O3JNEkg0alsM6Eqb84nKsn2vaNLxyVV-6XU69wU3JRLBSt/s1600/DSC02630.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT4osRwI8mlxuMnBsnDcZk8qUh73gSnseH9HMYo3iNNpjRgg0Ep0h3qvd4JEb-0_SGsGK_AnPPVbnAsaTKdtoOq1GsuJvZi6O3JNEkg0alsM6Eqb84nKsn2vaNLxyVV-6XU69wU3JRLBSt/s400/DSC02630.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Xadrez gigante no jardim.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Para quem estiver interessado na produção de Stefan Zweig, as editoras Rocco, Zahar e LP&M vêm reeditando suas principais obras. Para quem quiser saber mais sobre a Casa de Petrópolis, aqui está o link do site: http://www.casastefanzweig.com.br/.</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-13427357291295927002014-11-12T06:03:00.002-08:002014-11-12T06:03:20.310-08:00Sobre janelas<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Não pertenço a ninguém e pertenço a todos; </i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>antes de entrar, você já estava aqui; </i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>aqui você permanecerá depois de partir.</i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Denis Diderot</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Guardo comigo algumas peculiaridades. Uma delas é fotografar janelas, geralmente, no sentido do interior para o exterior. Agrada-me registrar um ângulo fixo, delimitado pelas esquadrias, um ponto de vista único. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por detrás da vidraça admiro a paisagem que ali cabe. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Concentro meu olhar nas linhas que se unem para formar o horizonte distante. Observo atentamente os recortes dos edifícios, o caminhar dos transeuntes. Meus pensamentos me transportam para as mãos construtoras desse panorama, aos homens e mulheres que deram vida a esse meio. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quantos, antes de mim, não se apaixonaram por esta mesma paisagem? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Imediatamente, criam-se laços afetivos entre mim e o mundo além da moldura. E, ao me aproximar dos caixilhos, deparo-me com meu próprio olhar refletido no vidro, um olhar ávido por assegurar todos os detalhes, tão certo e decidido, mas também, admirado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A sobreposição de imagens transfigura-se em poesia: eu, que não me vejo na paisagem, me descubro parte dela. A janela, que me permite ver o que está do lado de fora, me conduz a enxergar o meu interior. Pergunto: terei eu me tornado outra em tão poucos segundos? Certamente, porque eu não somente vi, mas contemplei.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn-LrRDr2uRbQg8hXXNWhJwEBvNy00B4a5UsyoaVg7sLapAXrfSHTV7O879DsV9j4dolW_H4ca98ylNxcLPcsQfz9-4-ZoTRzMIwKI75Lf9PSTM7U5kn_fygiM2LYBCBr4eUKAUeJIyfwJ/s1600/360.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn-LrRDr2uRbQg8hXXNWhJwEBvNy00B4a5UsyoaVg7sLapAXrfSHTV7O879DsV9j4dolW_H4ca98ylNxcLPcsQfz9-4-ZoTRzMIwKI75Lf9PSTM7U5kn_fygiM2LYBCBr4eUKAUeJIyfwJ/s400/360.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Uma das janelas do Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro. Registro de 2010.</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-70468879501815294952014-10-29T11:36:00.001-07:002014-10-31T18:25:28.632-07:00Exposição: O Rio de Machado<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estar na cidade do Rio de Janeiro é um privilégio. Além das belas paisagens, da boemia dos cariocas, do clima agradável, a cidade é repleta de histórias. Uma ruela, uma escadaria, um prédio ou até mesmo o recorte do horizonte: tudo está embrenhado pelo testemunho do passado. Cada canto da cidade guarda vestígios das camadas do tempo e poder decifrá-los faz parte daqueles prazeres rotineiros de quem percorre as ruas do Rio. Na verdade, essa é a graça: deixar um pouco os pontos turísticos de lado e embrenhar-se no seu emaranhado de ruas, prédios e pessoas do cotidiano da cidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por ser um local de referência no mapa brasileiro desde o século XVI, tendo sido, inclusive, capital por 197 anos (de 1763 a 1960), o Rio de Janeiro foi palco dos principais fatos da história do país. Temos maior proximidade com tais acontecimentos através de livros de história que trabalham com propriedade fontes primárias de períodos específicos. Mas é possível se familiarizar com o passado do Rio por meio de referências mais sutis e agradáveis, como os romances da literatura nacional. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E quando pensamos em literatura e Rio de Janeiro, não há como não citar o nome de Machado de Assis. Além de ser o ícone dos romancistas brasileiros, Machado de Assis é referência em testemunhos do Rio do século XIX e início do XX. Ao narrar as histórias de seus personagens, Machado de Assis também deixa conhecer a paisagem, os costumes, o modo de vida do Rio de Janeiro de sua época. Por meio de seus contos e romances somos transportados a um Rio que não existe mais, mas que, ao mesmo tempo, insiste em se manter presente! É impossível ler as grandes obras de Machado e não criar correspondência com os locais mencionados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Poder conhecer <i>in loco</i> os espaços nos quais se travaram os grandes acontecimentos do passado é, sem dúvida, uma oportunidade emocionante. E foi essa a experiência que pude desfrutar através da exposição <i>O Rio de Machado</i>. Com idealização e curadoria da Artéria (Daniela Name e Gabriela Dias), a exposição tem por objetivo a divulgação e promoção do acesso à obra de Machado de Assis. Além da ocupação e de seminários no Museu de Arte do Rio (MAR), a exposição é composta também por passeios.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFy3lEPl-Jh0pSd9RT7Piv7LzNyA1AxWfNESNNxFQWPDcRasiDqg8ivtfaPe_pciJglkFQBiFnZS95EagGYDdNnOj5s7G-eCmMxZbIaAH-aMCTgoOWmQz5atrXOAK7UirWAt0JY2VwQi_M/s1600/10561782_502903276519929_5846495510071270746_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFy3lEPl-Jh0pSd9RT7Piv7LzNyA1AxWfNESNNxFQWPDcRasiDqg8ivtfaPe_pciJglkFQBiFnZS95EagGYDdNnOj5s7G-eCmMxZbIaAH-aMCTgoOWmQz5atrXOAK7UirWAt0JY2VwQi_M/s1600/10561782_502903276519929_5846495510071270746_n.jpg" height="145" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Imagem de dilvugação da exposição.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBixucJ5jQ_cCChJmHY48STOzyx4UvtyuA2UfgR-aoy6Rc8t5k6T1HI2AT-xHg9HsVeGxbbtDWQ_QO4iCtf8U-efmqdXuUUn3gLCzye7nNwnDIyFQ-aGI5fLNnQIm31pEwzQw62jMiN2FQ/s1600/DSC04469.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBixucJ5jQ_cCChJmHY48STOzyx4UvtyuA2UfgR-aoy6Rc8t5k6T1HI2AT-xHg9HsVeGxbbtDWQ_QO4iCtf8U-efmqdXuUUn3gLCzye7nNwnDIyFQ-aGI5fLNnQIm31pEwzQw62jMiN2FQ/s1600/DSC04469.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Ocupação nos pilotis do MAR.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os passeios literários consistem em visitas guiadas pelos principais pontos do Rio de Janeiro citados nas obras de Machado de Assis. Eles ocorrem todo sábado das 11 às 14 horas e o último acontece no próximo sábado, dia 01 de novembro. Eu participei do passeio de sábado passado, dia 25 de outubro. Nossa concentração se deu nos pilotis do MAR onde foram formados dois grupos compostos, mais ou menos, por 30 pessoas. Nossa caminhada seria orientada pela guia Beatriz Tognarelli ou, simplesmente, Bia. Após as devidas apresentações, fomos conduzidos para o lado de fora do museu, onde nos foi apresentado o Morro da Conceição e a Zona Portuária do Rio e suas manifestações nos romances de Machado, principalmente em <i>Memórias Póstumas de Brás Cubas</i> e <i>Quincas Borba</i>.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgarZ86dXg_9AUwm4gGq6ne6YQJAPAxZfYGZCXJ0J02tkuNMQxZMlAdNQ5H_dTmKIR8-4B0vXy4ypCCFFb3g5i5574wpUyzReryJJqfsvIJiNwKZLqox3lTzKnHjWcyzolk02mo2X-EiBf0/s1600/DSC04472.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgarZ86dXg_9AUwm4gGq6ne6YQJAPAxZfYGZCXJ0J02tkuNMQxZMlAdNQ5H_dTmKIR8-4B0vXy4ypCCFFb3g5i5574wpUyzReryJJqfsvIJiNwKZLqox3lTzKnHjWcyzolk02mo2X-EiBf0/s1600/DSC04472.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Narrativa da nossa guia Bia, muito simpática e com tudo na ponta da língua! Próximo do Morro da Conceição.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Logo em seguida, tomamos a direção da Av. Presidente Vargas indo até a igreja da Candelária. Depois das devidas explicações, seguimos pela Rua 1º de Março fazendo uma rápida parada na Rua Teófilo Otoni, conhecida como Rua das Violas no tempo de Machado, onde ficava o escritório de advocacia do tio Cosme, personagem de <i>Dom Casmurro</i>. Dali, nos dirigimos até a Rua do Ouvidor, um dos pontos mais importantes do Rio de Janeiro oitocentista e citado tantas vezes por Machado (<i>Ressurreição, Iaiá Garcia, Memórias Póstumas, Dom Casmurro, Esaú e Jacó</i>). Depois, seguimos para a Rua Gonçalves Dias para desfrutar um cafezinho na Confeitaria Colombo, importante comércio existente desde 1894 e muito frequentado por Machado.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicqcLLTlNwT9jt59QXxOz2YCWaVlMkD7HBm9_X8mKV583JFLhKRFx5R0Eqd2Rg9sNTIMfsDMyomUutxRG8yBBjmcNmcvcaXOZvWnKWUjlQfTI3t9V8_ggc77UWG3R1YWIZeB8B49ztJEjz/s1600/colombo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicqcLLTlNwT9jt59QXxOz2YCWaVlMkD7HBm9_X8mKV583JFLhKRFx5R0Eqd2Rg9sNTIMfsDMyomUutxRG8yBBjmcNmcvcaXOZvWnKWUjlQfTI3t9V8_ggc77UWG3R1YWIZeB8B49ztJEjz/s1600/colombo.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Confeitaria Colombo. 1. Detalhes da fachada. 2. Interior. 3. Doces. 4. Ladrilhos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Da Confeitaria, seguimos para a Praça Tiradentes, lugar que se mistura com a vida e a obra de Machado já que ali ficava a tipografia na qual trabalhou ainda jovem. Em seguida, tomamos a Rua do Lavradio até chegarmos ao Largo da Lapa. Em frente aos aquedutos, relembramos os romances que se passam nos arredores, em algum lugar de Santa Tereza, na Rua de Matacavalos (atual Riachuelo), ou na Glória (<i>Iaiá Garcia, Quincas Borba, Dom Casmurro</i>). Logo, chegamos no Passeio Público, palco de importantes acontecimentos em <i>Iaiá Garcia</i> e <i>Dom Camurro</i>. Por fim, nos dirigimos a Cinelândia, onde finalizamos nosso passeio literário.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O passeio, sem dúvidas, foi uma atividade muito agradável. Apesar da longa distância que caminhamos, nem deu pra cansar! Os detalhes dos romances de Machado escondidos nas simetrias do Rio nos transportaram para uma outra dimensão, onde nos esquecemos do tempo e do espaço: quando nos demos conta o passeio já havia terminado. É claro, que há muito mais do Rio na obra de Machado mas, um passeio que abarcasse todos os locais em um único dia seria impossível. Dessa forma, os organizadores da exposição ainda tiveram o cuidado de elaborar um aplicativo compatível para Android e Apple que pode ser baixado gratuitamente. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQN_tsF67q62DKAA6_Mzp9A1YiO0mVDPyIVRV3tVww6kzKLwz2XqmhYW8fcXtTrFXZR2Oo-iZNb7yxS95fIrqKUc0Y3_IXYGMjxbikcnSKg8RbhnBHbevSOEO6h1UqloGRV61ypx9WBRlW/s1600/Screenshot_2014-10-29-13-43-11.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQN_tsF67q62DKAA6_Mzp9A1YiO0mVDPyIVRV3tVww6kzKLwz2XqmhYW8fcXtTrFXZR2Oo-iZNb7yxS95fIrqKUc0Y3_IXYGMjxbikcnSKg8RbhnBHbevSOEO6h1UqloGRV61ypx9WBRlW/s1600/Screenshot_2014-10-29-13-43-11.png" height="200" width="132" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW-7K2UMYrIBJI4jRQqcw-XlEGXL5B8EFU1dL3MsvdsV4zx4NJv3mplVN4msc77pvHjQ1RdlPErqt40xcvJcuAl9BbzQ1Py4-MXb8FCLYmgalCfYrzs-cElW-B0XFtkNNaHbxn-xXdp5FS/s1600/10646829_717638558315517_8994354248385607859_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW-7K2UMYrIBJI4jRQqcw-XlEGXL5B8EFU1dL3MsvdsV4zx4NJv3mplVN4msc77pvHjQ1RdlPErqt40xcvJcuAl9BbzQ1Py4-MXb8FCLYmgalCfYrzs-cElW-B0XFtkNNaHbxn-xXdp5FS/s1600/10646829_717638558315517_8994354248385607859_n.jpg" height="200" width="133" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Imagens do aplicativo. 1. Abertura. 2. Página principal do romance "Memórias Póstumas".</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesse aplicativo estão reunidas informações sobre os nove romances de Machado de Assis. Ao clicar sobre um deles, são dispostos os cenários cariocas citados no romance em questão. Além do trecho da obra aludindo ao local, ainda há um mapa para localização, fotografias da época e informações históricas. Além disso, é possível baixar o e-book de cada romance! Com o aplicativo, um amante de Machado de Assis vai poder ter informações extras sobre os locais citados em suas obras e, ainda, poder montar o seu próprio roteiro de passeio. Sem falar que, mesmo com o fim da exposição, vamos poder usufruir dela com um simples toque na tela do celular. Uma ideia simplesmente fantástica!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois disso tudo, não há como não se apaixonar mais ainda por Machado e, também, pelo Rio.</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-18671621693258919952014-10-22T00:00:00.000-07:002014-10-26T05:12:29.804-07:00Um dia para cultivar histórias e jardins<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sábado passado, dia 18 de outubro, Nova Friburgo recebeu a visita de Jean-Pierre Bériac, professor da Escola de Arquitetura e Paisagismo de Bordeaux. Pesquisador da história dos jardins, da paisagem e da arquitetura neoclássica, Bériac é também especialista em estudos sobre o paisagista Auguste Glaziou. Sendo Nova Friburgo depositária de duas das principais obras de Glaziou no Brasil, o professor empreendeu uma terceira visita à cidade, dessa vez com o intuito de expandir seu conhecimento sobre o assunto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sua visita foi coordenada pela Dra. Ana Pessoa, Diretora do Centro de Memória e Informação da Fundação Casa de Rui Barbosa. Ela propôs uma visita aos jardins do Parque São Clemente. O<span style="background-color: white;">riginalmente denominado Chácara do </span>Chalet<span style="background-color: white;">, o Parque São Clemente é um dos lugares mais conhecidos e visitados do município de Nova Friburgo. Foi criado na década de 1860 pelo Barão de Nova Friburgo, Antonio Clemente Pinto, adquirido por Eduardo Guinle já no século XX (1912) e tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1957, quando foi instituído como clube privado. Além dos jardins românticos projetados por Glaziou, considerados pelo especialista Carlos Fernando Delphim como um dos jardins românticos mais belos e mais bem preservados do país, a propriedade conta com a casa-sede, em estilo chalé, projetada pelo arquiteto alemão Gustave Waehneldt e preserva estuques e pinturas originais de grande riqueza de detalhes.</span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 16px;"><br /></span></span>
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvJPLCd8PzNb1QW5N7wIkMxX5tuZEwKUcQ8cQ6h2AvEf7xgARhKhuujlhao-zEfrfzK3Dwl5sV1v2i2ThIWC9KfAw0I6rjX1LcCZRezEZy_IvqZ_AJ2Of5wm2Ma0l5Y7kh7uybOEaUltQ5/s1600/05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvJPLCd8PzNb1QW5N7wIkMxX5tuZEwKUcQ8cQ6h2AvEf7xgARhKhuujlhao-zEfrfzK3Dwl5sV1v2i2ThIWC9KfAw0I6rjX1LcCZRezEZy_IvqZ_AJ2Of5wm2Ma0l5Y7kh7uybOEaUltQ5/s1600/05.jpg" height="158" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Lago central do Parque São Clemente/ Nova Friburgo Country Clube. Foto: Regina Lo Bianco.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O objetivo dessa nova visita do professor Bériac ao Parque São Clemente era lhe proporcionar conhecer o Chalet e também a parte dos jardins que se encontram em propriedade dos descendentes de César Guinle, os quais ele não teve oportunidade de visitar anteriormente. Sendo assim, nosso dia dedicado a cultivar histórias e jardins, começou às 10 horas da manhã. Fomos recebidos por um dos filhos de César Guinle, Maria Helena Flores Guinle. Muito gentil e prestativa, Maria Helena já havia separado algumas fotografias e documentos para mostrar ao professor. Sendo docente de francês e também tendo morado muitos anos na França, a língua não foi uma barreira para a anfitriã e ficamos mais de uma hora entretidos em conversas e viagens ao passado.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em seguida, fomos fazer um tour pelo jardim da propriedade. O dia estava propício para a caminhada, com um belo sol a iluminar a paisagem. Durante o passeio fomos desvendando as belezas de um jardim privado e bem cuidado que, apesar da construção intencional, se apresenta como natureza selvagem. De acordo com Maria Helena, quando a propriedade foi comprada por seu avó Eduardo Guinle dos descendentes do Barão de Nova Friburgo, foi realizada uma grande recuperação de toda a área, incluindo os jardins de Glaziou e o terreno onde seria construída a casa da família. Para tanto, foram contratados profissionais especializados, dentre eles o artesão italiano Paulete, responsável pelas alamedas. Amante dos animais, Paulete organizou um grande jardim zoológico no terreno. No local onde hoje está a casa da família foi construído um enorme cercado para a disposição dos animais. Segundo depoimento de César Guinle [1], lá havia aves raras vindas da Amazônia e do exterior, como os "grous" africanos, marrecos, emas e antílopes da África os quais davam saltos imensos que extasiavam a todos!</span></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PbQq2cMnIrhaFRHu52Sh4WqVLfeBiVC0Fk9bjkGj66LO6niBqlpNme-aeQjZbbf5gjJ58X9XQ-i4o3a_laM-fFjXTmfIuh3jyBu3ku-esH30C0TMmRNSUyDL0aE9_67yli2q5XCT-70v/s1600/DSC04416.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PbQq2cMnIrhaFRHu52Sh4WqVLfeBiVC0Fk9bjkGj66LO6niBqlpNme-aeQjZbbf5gjJ58X9XQ-i4o3a_laM-fFjXTmfIuh3jyBu3ku-esH30C0TMmRNSUyDL0aE9_67yli2q5XCT-70v/s1600/DSC04416.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Tour pelo jardim de propriedade dos Guinle.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;">Após o passeio pelo jardim, nos dirigimos ao Nova Friburgo Country Clube para a visitação do Chalet, a casa-sede da propriedade. Lá, fomos recebidos pelo Diretor de Patrimônio, Roosevelt Concy, o qual, além das boas vindas, fez uma breve explanação sobre a situação atual da casa que passa por obras emergencias de sua estrutura. Apesar daquelas confusões de qualquer obra (andaimes, escoramentos, móveis embalados), o professor Bériac se mostrou encantado diante da beleza dos estuques e pinturas da construção.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10iuzMnhqg7b8kOav2RQpcoOn39nTF6RUDJ8QOkcTUdoxPsBp-WMi2bKclA5JFO2XIp4I_a8MDjj4yvDTttlDDgfNQHIXxUKuVvO1LCq8e6GMvXQGgsPBXIcy_nC1NJAqZzX2QKYkr8-c/s1600/DSC04449.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10iuzMnhqg7b8kOav2RQpcoOn39nTF6RUDJ8QOkcTUdoxPsBp-WMi2bKclA5JFO2XIp4I_a8MDjj4yvDTttlDDgfNQHIXxUKuVvO1LCq8e6GMvXQGgsPBXIcy_nC1NJAqZzX2QKYkr8-c/s1600/DSC04449.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Jean-Pierre e Roosevelt no interior do Chalet.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;">Acredito que a visita do professor Bériac foi um importante evento para nós pesquisadores de jardins históricos. Geralmente, por estarmos diariamente enfrentando os problemas referentes à conservação de patrimônios culturais, nos enfastiamos diante das dificuldades de preservação de tais monumentos e, quando recebemos um visitante alheio as nossas questões, somos revigorados pelas manifestações de prazer e regozijo que ele demonstra diante da riqueza que temos. Quem sabe também, através do professor, teremos a oportunidade de estreitar laços com instituições de pesquisa francesas, podendo, no futuro, executarmos projetos em conjunto, o que para o Nova Friburgo Country Clube, proprietário dos jardins de Glaziou, seria uma oportunidade de exportar sua imagem, principalmente ao que concerne à preservação de jardins históricos. Sem dúvidas, esse encontro representa o início de belos projetos vindouros!</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoYB8JNN81ZdLIBXHCHHWaws0VrGkEVjcRZZKR9p6DfwQNIHhf3dI0kVMq_8Kbs5dU4CvFTL7Kq4GSp3pYkN75Yx8osNhpTGgrKdY3zsjsqsveNBLiscg2ARV7s9jmqnXMucVWhht1ILx/s1600/DSC04451.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoYB8JNN81ZdLIBXHCHHWaws0VrGkEVjcRZZKR9p6DfwQNIHhf3dI0kVMq_8Kbs5dU4CvFTL7Kq4GSp3pYkN75Yx8osNhpTGgrKdY3zsjsqsveNBLiscg2ARV7s9jmqnXMucVWhht1ILx/s1600/DSC04451.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;">Registro da visita ao Chalet.</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;">[1] </span>MEMORIA ORAL DEPOIMENTOS-ENTREVISTAS VOLUME I / </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">CESAR GUINLE / </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA / </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Maria Suzel Soares da Cunha (Diretora do Departamento de Cultura) / </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">JULHO 1985. Agradeço à Maria Helena pelas informações e fonte aqui citadas.</span></div>
</div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-50371401822699356642014-10-15T00:00:00.000-07:002014-10-15T14:09:29.221-07:00Viagem a Belo Horizonte<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quinta-feira passada, dia 09 de outubro, viajei rumo a Belo Horizonte para participar do 14º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia (14snhct.sbhc.org.br)</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">. O evento, organizado pela Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC), teve duração de quatro dias e contou com conferências, mesas-redondas, minicursos e simpósios temáticos. De acordo com o Caderno de Resumos do seminário, o SNHCT deste ano contou com mais de 900 participantes, um recorde de participação que indica o crescimento da comunidade de pesquisadores da história das ciências no Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsGzEvLGHz9EWMenzzdhZtepzfNmY0CnhAZcIOEKH1TnCluOiqbPuXLgTrJRbM07WQIXBs3gB8hAEBlcVJNjpmssF1ELRj8F0ZjE-TdrMgahmpiDTw82OQMFMJu0YsieasBv02rZKCQuRi/s1600/topo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsGzEvLGHz9EWMenzzdhZtepzfNmY0CnhAZcIOEKH1TnCluOiqbPuXLgTrJRbM07WQIXBs3gB8hAEBlcVJNjpmssF1ELRj8F0ZjE-TdrMgahmpiDTw82OQMFMJu0YsieasBv02rZKCQuRi/s1600/topo.jpg" height="88" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Minha apresentação foi encaixada no simpósio sobre desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia, coordenado pelo professor Luiz Carlos Soares, da UFF. Tratei sobre a tecnologia empregada na construção da Estrada de Ferro de Cantagallo, um dos temas abordados na minha dissertação de mestrado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aproveitei a oportunidade de estar pela primeira vez na capital mineira para passear e conhecer alguns pontos turísticos do local. Como também pesquiso jardins históricos, não poderia deixar de visitar os pincipais parques da cidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No sábado pela manhã, visitei a Praça da Liberdade localizada na região central. Criada ainda na época da fundação da capital (1895-97), ela conta com um traçado típico dos jardins clássicos: linhas e alamedas retas, espelhos d'água, repuxos, corbeilles (canteiros exclusivamente de flores), além da arte topiária (poda de árvores e arbustos). Além de um belo e agradável local de socialibilidade, a praça é reconhecida como um dos principais circuitos culturais do Brasil. Seu entorno reúne vários museus e galerias de arte, como o CCBB, a Casa Fiat da Cultura, o Espaço do Conhecimento UFMG, o Memorial Minas Gerais - VALE, o Museu das Minas e do Metal e o Palácio da Liberdade.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM6NgHeiBe6iUT2gg7H5BUujeF4MFVVO_o66AjF8Y4KkQy9QJTR653gAR36UF-mT5AhQDXfZ6Co5TVSM_cW40AlZMxAVB7p4jzriujxa9zhqb8Fof3vQYpHcJS7WMLLfPMWVPwsHCBCt_p/s1600/pra%C3%A7a+da+liberdade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM6NgHeiBe6iUT2gg7H5BUujeF4MFVVO_o66AjF8Y4KkQy9QJTR653gAR36UF-mT5AhQDXfZ6Co5TVSM_cW40AlZMxAVB7p4jzriujxa9zhqb8Fof3vQYpHcJS7WMLLfPMWVPwsHCBCt_p/s1600/pra%C3%A7a+da+liberdade.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em seguida, fui passear no Parque Municipal, distante cerca de 1 km da Praça da Liberdade. Esse parque é um belo exemplo dos jardins românticos do século XIX. Projetado pelo paisagista francês Paul Villon, aluno do famoso Auguste Glaziou, foi inaugurado em 1897. Em seus 180 mil metros quadrados, há muitos lagos cortados por alamedas sinuosas ladeadas por todo tipo de árvores e plantas. Há ainda muitas pontes imitando troncos de árvores, pavilhões, ruínas e recantos pitorescos, tão comuns no ideal romântico. Numa parte do jardim, havia também diversos brinquedos de parques de diversões e acabei indo na roda gigante pra conferir a paisagem do parque lá de cima. Foi uma experiência muito divertida! Além disso, também remei num dos lagos. Apesar de nunca ter feito isso antes, até que me saí bem e pude ver o parque de um outro ângulo.</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsj6_Ld6YQc8DT-OZI1jM_oV_72jWggg8fBtqyywbQP5JGrim-APnkPjTgksQ0w7fIa00JQIlS_u9Nz-aInPrq4JZVr8g_p_6vL8O5Ccf0V7bmG5tpW4dFy-4OpAMgAYnZpYbwVdKfhvDq/s1600/parque+municipal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsj6_Ld6YQc8DT-OZI1jM_oV_72jWggg8fBtqyywbQP5JGrim-APnkPjTgksQ0w7fIa00JQIlS_u9Nz-aInPrq4JZVr8g_p_6vL8O5Ccf0V7bmG5tpW4dFy-4OpAMgAYnZpYbwVdKfhvDq/s1600/parque+municipal.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após o almoço, fui conferir as atrações da Pampulha. Lá estão localizadas as principais obras do modernismo brasileiro. Desci do ônibus no ponto próximo à Igreja de São Francisco de Assis. Com projeto de Oscar Niemeyer de 1940, também conta com um belíssimo afresco de Cândido Portinari. A visitação ao interior é cobrada e custa R$ 2,00 a entrada inteira. Lá dentro não é permitido fotografias devido aos direitos autorais. Como é possível ver o interior por uma grande parede de vidro, muitas pessoas não visitam a igreja. Eu optei por visitar e, afirmo, que foi uma experiência belíssima. Lá dentro, sem nenhuma interferência do exterior, eu pude ver os detalhes das tesselas, os quadros da via crucis, a sutileza das curvas da abóbada. Diante do afresco de Portinari é impossível não se emocionar! Do lado de fora, a lagoa nos oferece uma bela vista e a ótima companhia das fofíssimas capivaras!</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkrwEYfIuLyjEWJsr_hZpbuSzV-vM0d8EpdVEoJ68XAVgn-A6wm87F5KxhPb2nJ5vI1ybjr6lOtoT0TqdQtQwTdSj5_vk2iNb1DU5_cPjPJ4jgTuouYdcW0gWiIPUuVye4PkESwKXs9C_b/s1600/igreja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkrwEYfIuLyjEWJsr_hZpbuSzV-vM0d8EpdVEoJ68XAVgn-A6wm87F5KxhPb2nJ5vI1ybjr6lOtoT0TqdQtQwTdSj5_vk2iNb1DU5_cPjPJ4jgTuouYdcW0gWiIPUuVye4PkESwKXs9C_b/s1600/igreja.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em seguida, resolvi fazer uma visita guiada ao estádio de futebol do Mineirão. Percorri a distância de mais ou menos 1 km para saber que as visitas já haviam acabado naquele dia! Fiquei um pouco indignada e decepcionada por ter caminhado embaixo daquele sol de uma hora da tarde e dar com a cara na porta. Então decidi dar meia volta e ir até a Casa do Baile, mais 2 km pela frente... Trilhei as bordas da lagoa, o que foi bem agradável. Mas, confesso, que no meio do caminho já estava desesperada por nunca avistar a casa! Quando lá cheguei, meus pés e minhas pernas estavam doloridos. Mas logo me esqueci desse detalhe diante da beleza da construção. A Casa do Baile, também projeto de Oscar Niemeyer, conta com um jardim do paisagista Burle Marx que se comunica perfeitamente com a edificação e com a marquise em forma livre. Construída para ser um restaurante dançante, hoje a casa abriga o Centro de Referência de Urbanismo, Arquitetura e Design.</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwJ6n5q8is8yya1Hib4gMN4U_LEMd4Y46FcIwp7Z_JsHK1Cjg8kd8afwr7UYE1jFOV3Gt-1sB_X1-HqmBjrgoDEtAK1F4Ufh23yVRtm1Q9BOV4b11wBFuN6qNL8RlJQLznPRXuND2fThqh/s1600/casa+do+baile.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwJ6n5q8is8yya1Hib4gMN4U_LEMd4Y46FcIwp7Z_JsHK1Cjg8kd8afwr7UYE1jFOV3Gt-1sB_X1-HqmBjrgoDEtAK1F4Ufh23yVRtm1Q9BOV4b11wBFuN6qNL8RlJQLznPRXuND2fThqh/s1600/casa+do+baile.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não aguentando mais continuar o percurso a pé, resolvi chamar um taxi (não há ônibus!) e ir até o Museu de Arte da Pampulha. Infelizmente, nenhum dos taxis que passavam estavam disponíveis. Dessa forma, eu achei melhor fazer o retorno e ir até a Casa Kubitschek. Consegui pegar um taxi e, em poucos minutos, eu estava diante da residência de campo de JK. À primeira vista, a casa já é estonteante. A arquitetura modernista também de Oscar Niemeyer (1943), com telhado borboleta e platibanda com detalhes em madeira, localizada aos fundos de um belo jardim de Burle Marx, forma uma paisagem elegante e aconchegante. No seu interior, estão o mobiliário original da casa, testemunho dos hábitos e do modo de morar de meados do século XX. Há intervenções artísticas em alguns pontos da residência, como projeções, quadros pendentes e frases afixadas nas paredes, o que torna a visita mais lúdica, viva e emocionante. Os funcionários foram superatenciosos e simpáticos, característica do povo mineiro. Sem dúvida, a Casa Kubitschek foi o meu local de visitação favorito!</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8CKJEJDxgI6BYsP4LY_HU5hsGScDGseo0jo7mMZJFof507nvTQqC-bxI6a3pEroPYEWhw6iS65NDn9EUZHM5wXYIF6FLzE92qKxSdOr6mpjbCUoE7SRqlTJ744L1RyUNY8D1-4N_zEhI4/s1600/kubitschek.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8CKJEJDxgI6BYsP4LY_HU5hsGScDGseo0jo7mMZJFof507nvTQqC-bxI6a3pEroPYEWhw6iS65NDn9EUZHM5wXYIF6FLzE92qKxSdOr6mpjbCUoE7SRqlTJ744L1RyUNY8D1-4N_zEhI4/s1600/kubitschek.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem energia pra continuar, eu dei por finalizado o meu passeio na Pampulha. Apesar de perder outras atrações de igual importância, eu fiquei satisfeita com os locais que pude conhecer pessoalmente. Com a ajuda de um amigo, ainda consegui ir a Praça do Papa e ao Mirante das Mangabeiras, locais de onde a paisagem da capital mineira se descortina ao nosso olhar. Recomendo!</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2PSjs1qN0aZEpSQ8ntR_js2k3b3H7IPSQ_HAhDc2RXFQCd-CrCFj_MlH6CS2uUcOQJxNFEAx4i7Qfed3vWc0QZfy9nwt8OcUkTerJInVG6x_-rOEMGblc5fCKlAia9k45Xv4rqxbQqjZA/s1600/mirante.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2PSjs1qN0aZEpSQ8ntR_js2k3b3H7IPSQ_HAhDc2RXFQCd-CrCFj_MlH6CS2uUcOQJxNFEAx4i7Qfed3vWc0QZfy9nwt8OcUkTerJInVG6x_-rOEMGblc5fCKlAia9k45Xv4rqxbQqjZA/s1600/mirante.jpg" height="130" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dica de hospedagem: Collaborate Design Hostel. Albergue muito bem localizado. Tem espaço numa belíssima casa modernista com uma decoração contemporânea e descontraída.</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-64139045476178705462014-10-01T10:21:00.000-07:002014-10-01T10:21:41.778-07:00Ciclo de palestras sobre a história de Nova Friburgo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante o mês de setembro, entre os dias 05 e 26, participei da organização de um ciclo de palestras sobre a história de Nova Friburgo em comemoração aos 190 anos de estabelecimento da Igreja Luterana no município.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaPOUfYC13vKqus0ZvdfhQNGbLjQwdY32A3lMYA0aJdwzEQKtgT3O-2wPTxqGMsiWtc54ddnYvciGZ3hM6AJsf4DveLaoo3zp4U_1S1GswImTk6rniVfKrrOSULCHWuYDs5NXx7Cv5Zrlb/s1600/cartaz+ciclo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaPOUfYC13vKqus0ZvdfhQNGbLjQwdY32A3lMYA0aJdwzEQKtgT3O-2wPTxqGMsiWtc54ddnYvciGZ3hM6AJsf4DveLaoo3zp4U_1S1GswImTk6rniVfKrrOSULCHWuYDs5NXx7Cv5Zrlb/s1600/cartaz+ciclo.png" height="400" width="280" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Cartaz de divulgação do Ciclo de Palestras ilustrado com o símbolo da IECLB e com a fachada do prédio da Igreja Luterana construído em meados do século XX.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na verdade, o aniversário da Igreja Luterana ocorreu no dia 03 de maio, data em que chegaram os primeiros imigrantes alemães à Nova Friburgo e também ao Brasil, em 1824. Eles traziam consigo a profissão de fé luterana e, assim, deram origem à primeira igreja protestante da América Latina.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas comemorações do dia 03 de maio deste ano, celebramos um culto de ação de graças bilíngue com a participação das principais autoridades da IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil). Mas, devido à data simbólica, sabíamos que era necessário expandir as celebrações. Dessa forma, o partor Adélcio Kronbauer, que exerce o pastorado desde o final de 2010 em Nova Friburgo, teve a ótima ideia de realizar um ciclo de palestras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por eu ser historiadora, recebi o convite do Pr. Adélcio para ajudá-lo na organização. Concluímos, em primeiro lugar, que a Igreja Luterana representava um local privilegiado para um evento desse porte, já que os seus 190 anos de existência se confundiam com os 196 anos de história do município de Nova Friburgo. Portanto, a Igreja Luterana acompanhou os principais fatos do passado friburguense e ainda hoje desempenha importante papel na socidade local.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em segundo lugar, nosso objetivo era proporcionar ao público um distanciamento do senso comum e das informações banalisadas e permitir-lhes uma aproximação da pesquisa histórica baseada em fontes primárias. Para tanto, precisaríamos contar com profissionais especializados, o que não é uma dificuldade em Nova Friburgo, um município que conta com um número expressivo de pesquisadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dessa forma, entrei em contato com os especialistas mais renomados de nossa cidade para propor-lhes a atividade. Todos eles foram solíticos e aceitaram o convite prontamente! Além disso, se disponibilizaram em forcener seu trabalho gratuitamente!</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossa primeira palestra, dia 05 de setembro, contou com a participação do Dr. Jorge Miguel Mayer que falou sobre o <span style="font-size: 11pt; line-height: 16.8666667938232px;">“Cotidiano e religiosidade na colônia de Nova Friburgo”. O professor Jorge Miguel é h</span>istoriador pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
mestre em Studi Europei pela Università degli studi di Roma Tre e doutor em
História pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente é professor titular
da Universidade Federal Fluminense. Seus principais estudos versam sobre a
imigração, a colonização e a região rural de Nova Friburgo. Coordenador da
publicação “Teia Serrana: formação histórica de Nova Friburgo”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmw6WGYlV1NIqy71hkd0hLzG7qFQsrDOWUY2-yk-7VT7GOKGZocJsf_oDoxwn0ApGXC1wxv6qllo7-Mgs42GU2VP7jV0vAgCVrWBEHLMG1hZL9KQvGsHZ2uIwpJx_jfF7muruZJ2V63uC5/s1600/DSC03569.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmw6WGYlV1NIqy71hkd0hLzG7qFQsrDOWUY2-yk-7VT7GOKGZocJsf_oDoxwn0ApGXC1wxv6qllo7-Mgs42GU2VP7jV0vAgCVrWBEHLMG1hZL9KQvGsHZ2uIwpJx_jfF7muruZJ2V63uC5/s1600/DSC03569.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O Dr. Jorge Miguel Mayer durante sua palestra.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A segunda palestra, dia 12 de setembro, intitulada <span style="line-height: 115%;">“A industrialização em Nova Friburgo”, foi proferida pelo Dr. João Raimundo de Araújo, h</span>istoriador pela Universidade Federal Fluminense,
especializado em História do Brasil pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, mestre e doutor em História pela Universidade Federal
Fluminense. Atualmente é professor
titular da Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, membro do corpo editorial da
Revista História e Lutas de Classes e presidente da Comissão da Verdade de Nova Friburgo. Os seus trabalhos mais significativos
tratam da industrialização e urbanização de Nova Friburgo e, também, a construção
do mito da “Suíça Brasileira”. Coordenador da publicação “Teia Serrana:
formação histórica de Nova Friburgo”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixwV5iKyFN90NDT3g4gv0P3WPjfYoVyqQddOlrXXcmaY5biQcfNrHX7zWu7C05j_c-WJ6WAGjzG2Ipv6qi9QQ-KT4vHwCERnq5uClk4XUapQZfNuQSGDuux5JxlM0GEZxIbxWCfrQO7cYN/s1600/DSC03619.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixwV5iKyFN90NDT3g4gv0P3WPjfYoVyqQddOlrXXcmaY5biQcfNrHX7zWu7C05j_c-WJ6WAGjzG2Ipv6qi9QQ-KT4vHwCERnq5uClk4XUapQZfNuQSGDuux5JxlM0GEZxIbxWCfrQO7cYN/s1600/DSC03619.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O Dr. João Raimundo de Araújo durante sua palestra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No terceiro dia de palestras, 19 de setembro, recebemos a Me. Maria Janaína Botelho Corrêa que nos presenteou com a palestra sobre <span style="line-height: 115%;">“O clima de Nova Friburgo: um ator histórico”. Janaína Botelho p</span>ossui graduação em Ciências Jurídicas e é especialista e
mestre em História. Atualmente é docente da Universidade Cândido Mendes de Nova
Friburgo onde ministra a disciplina de História do Direito. Além de sua coluna
semanal no jornal A Voz da Serra sobre a história de Nova Friburgo, é muito
conhecida por suas publicações. A principal delas se intitula “O Cotidiano de
Nova Friburgo no Final do Século XIX: Práticas e Representação Social”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwap_y7HeFo9FW04SSmJZf-JCl7j8JVdE7w3DMdaKZEnzHDXuLYh4rvemkVrjW8xFc42Ud01Io-ltSrHu1PDIkcXXbeK4WR3wMxFJuOSBDwz91QeTAPMoLgUu_zimdAjdaMCQ84GvXo-vk/s1600/DSC03862.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwap_y7HeFo9FW04SSmJZf-JCl7j8JVdE7w3DMdaKZEnzHDXuLYh4rvemkVrjW8xFc42Ud01Io-ltSrHu1PDIkcXXbeK4WR3wMxFJuOSBDwz91QeTAPMoLgUu_zimdAjdaMCQ84GvXo-vk/s1600/DSC03862.JPG" height="400" width="298" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">A Me. Janaína Botelho durante sua palestra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nosso último dia de palestras, 26 de setembro, foi fechado com "chave de ouro" pelo Dr.<span style="text-indent: -18pt;"> </span><span style="text-indent: -18pt;">Ricardo da Gama Rosa Costa que trouxe uma comunicação sobre o "</span><span style="line-height: 115%;">Cotidiano e Política no entreguerras”. Ricardo é h</span>istoriador pela Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia,
mestre e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente é
professor adjunto e coordenador do curso de História da Faculdade de Filosofia
Santa Dorotéia e membro do corpo editorial da Revista História e Lutas de
Classes. Possui vasta produção bibliográfica dentre artigos, capítulos e
livros, os quais abordam, principalmente, a economia e a política do século XX.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-XJ6tuXXPHKVUJpE1TtqJMoHiNWRXxpPzZJlEc8sBRtTtTh5wERYGa1pJI5Ipm4moGwg2h9ezrLL5BFSw-aaSx_CdRMH4ZjJLD_kklkVgXVZQVjuIHD9m1UREUWxE3viZBljdQr-T2Qci/s1600/DSC04010.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-XJ6tuXXPHKVUJpE1TtqJMoHiNWRXxpPzZJlEc8sBRtTtTh5wERYGa1pJI5Ipm4moGwg2h9ezrLL5BFSw-aaSx_CdRMH4ZjJLD_kklkVgXVZQVjuIHD9m1UREUWxE3viZBljdQr-T2Qci/s1600/DSC04010.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O Dr. Ricardo Costa durante sua palestra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No decorrer do mês de setembro, através dos quatro dias de palestras, recebemos um público de 98 pessoas, formado por estudantes, profissionais, aposentados, mas, acima de tudo, pessoas interessadas em saber mais sobre a história de nosso município. Por meio das palestras, o público teve a oportunidade de ter um contato mais aproximado com a história comprometida com a pesquisa e tirar suas dúvidas com especialistas. Além disso, tenho certeza que todos nós que acompanhamos as palestras, pudemos refletir sobre o passado, sobre as suas heranças que ainda se fazem presentes e o nosso papel diante dos fatos atuais. Esse é o maior legado da história: nos ajudar a refletir e participar ativamente da construção da nossa sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBls7997109whXL7TLM4tz3p8Jl1beL5ElszZ_CPEyiKmScGS2TD-lBe4r_Y78_3q61UQ_l9vGb9faXaVwzgE_Zh45ZCaAPZkJAsJohbvM-ANU9l6UCOllgwf-4VnBdLyr-wHHdHXCWr4Z/s1600/DSC03553.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBls7997109whXL7TLM4tz3p8Jl1beL5ElszZ_CPEyiKmScGS2TD-lBe4r_Y78_3q61UQ_l9vGb9faXaVwzgE_Zh45ZCaAPZkJAsJohbvM-ANU9l6UCOllgwf-4VnBdLyr-wHHdHXCWr4Z/s1600/DSC03553.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O Pr. Adélcio diante do público na estréia do Ciclo de Palestras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para mim, poder participar da organização do evento foi uma espécie de realização pessoal. O meu papel foi um trabalho de formiguinha, nada demais se comparado ao dos palestrantes. Participo da comunidade luterana há cinco anos e durante esse tempo já cantei no coral da igreja, atuei nas peças de natal, ou ajudei na recepção de visitantes. Mas essa foi a primeira vez em que pude fazer uso da profissão à qual me dedico. <i>Beruf</i>, em alemão, significa mais do que uma profissão, mas sim, um dom, uma missão. E, através do Ciclo de Palestras, finalmente eu me senti realizada em poder usar o meu conhecimento profissional para contribuir no papel social que a igreja desempenha.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-67250260318320007402014-09-24T00:00:00.000-07:002014-09-24T08:32:36.862-07:00Exposição: Frida Kahlo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dia 18 passado estive em Curitiba, capital do Paraná, para resolver algumas questões burocráticas e aproveitei para conferir a exposição "Frida Kahlo - as suas fotografias" no Museu Oscar Niemeyer (MON). Na verdade, a visita foi uma espécie de obrigação já que o MON será o único museu do Brasil a expor as fotografias da artista mexicana. Além disso, a exposição estaria disponível para visitação, inicialmente, entre os dias 17 de julho e 17 de agosto deste ano, todavia, só no primeiro dia de abertura o museu bateu recorde de visitação: 1,2 mil pessoas, o maior número desde a inauguração do espaço em 2003. A exposição no MON também já é recorde em âmbito internacional, tendo recebido mais de 50 mil pessoas só no primeiro mês. Devido ao grande sucesso, a mostra foi prorrogada até dia 07 de dezembro. Portanto, a exposição é um evento único do qual eu não podia ficar de fora!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn2in_hQXPYxxD0m2n-HSrn0yThLdKXtuPWGqHyQN2CbFHPYr7gLzkKawca0DcCMxw34sh3ma8u2DKRxCImZWmbYq4In0qqWf73OHU2KAR-rOXFz7469I0rooL-8IaV98UjZC5xYREui9a/s1600/DSC03869.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn2in_hQXPYxxD0m2n-HSrn0yThLdKXtuPWGqHyQN2CbFHPYr7gLzkKawca0DcCMxw34sh3ma8u2DKRxCImZWmbYq4In0qqWf73OHU2KAR-rOXFz7469I0rooL-8IaV98UjZC5xYREui9a/s1600/DSC03869.JPG" height="400" width="395" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A exposição conta com 240 fotografias do acervo pessoal de Frida Kahlo (1907-1954), imagens que ela foi acumulando e guardando com meticuloso cuidado e carinho ao longo da vida. Anexo à sala, é também exibido um documentário sobre a vida da artista chamado “Natureza ferida. Memória viva de certos dias”, com produção e realização de Salvador Camarena Rosales e Eduardo Patiño, com quase 27 minutos de duração. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A exposição se divide em seis seções através das quais vamos conhecendo a história pessoal da Frida, uma das maiores artistas plásticas do século XX. A primeira parte é dedicada aos pais da Frida composta por aquelas fotografias de família que retratam ocasiões especiais, como primeira comunhão, casamentos e festas. Por meio dessas imagens, somos apresentados ao universo oitocentista mexicano, apesar da particularidade das famílias Calderón e Kahlo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvMV2VzOiI0bmDnDKKjKuYygv0mGSC5VRqSeAq2N22R5NCccZULqwCe7AcmzLPRpfUnkzA0N5-PZNVs6nCfeJaX0n7Gt_HoN4PG0HoDHUOu-Ww_8uMdf7LQfRbP2RUFZ6EBo90dNMI2tei/s1600/frida_com_5_anos_anonimo_1912_museu_frida_kahlo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvMV2VzOiI0bmDnDKKjKuYygv0mGSC5VRqSeAq2N22R5NCccZULqwCe7AcmzLPRpfUnkzA0N5-PZNVs6nCfeJaX0n7Gt_HoN4PG0HoDHUOu-Ww_8uMdf7LQfRbP2RUFZ6EBo90dNMI2tei/s1600/frida_com_5_anos_anonimo_1912_museu_frida_kahlo.jpg" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Frida com 5 anos. Anônimo (1912). Museu Frida Kahlo. (MON, divulgação)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na segunda seção já somos conduzidos ao mundo de Frida. Lá estão as fotografias que retratam os principais eventos de sua vida, como os dias em que ela repousou em sua cama para se recuperar das cirurgias que havia feito em decorrência de um grave acidente e ganhou de seu pai um cavalete adaptado para poder continuar a se dedicar à pintura; os belos momentos entre amigos e ao lado de seu grande amor, Diego Rivera, na sua Casa Azul.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrH_xxm1lp-op59UARaU9W2z0cZlxTIwqD47fAo1jucVHsqbBzyrj4T0Jw-KuchMKmWi5zEJ4p3olisnSJoVohaqu5Anp43mqp4mzNw-kh8dIW8X_AJJaaAX4CAFxNKLTIp6Qcd4hbrASl/s1600/frida_pintando_na_sua_cama_anonimo_1940_museu_frida_kahlo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrH_xxm1lp-op59UARaU9W2z0cZlxTIwqD47fAo1jucVHsqbBzyrj4T0Jw-KuchMKmWi5zEJ4p3olisnSJoVohaqu5Anp43mqp4mzNw-kh8dIW8X_AJJaaAX4CAFxNKLTIp6Qcd4hbrASl/s1600/frida_pintando_na_sua_cama_anonimo_1940_museu_frida_kahlo.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Frida pintando em sua cama. Anônimo (1940). Museu Frida Kahlo. (MON, divulgação)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A terceira seção é bem curiosa e nos mostra o lado mais íntimo de Frida. Há fotografias que sofreram intervenção da artista, foram coloridas por ela, recortadas, ou até mesmo ganharam os contornos de sua boca, na forma de um beijo! Essas fotografias estão repletas de simbolismos e poesia. A quarta parte expõe a vida íntima por meio de fotografias de amigos e amores. A quinta seção traz fotografias de diferentes temas reunidas por Frida, como cartões de visita típicos do século XIX e retratos de grandes fotógrafos e de amigos pessoais. A sexta e última seção foi reservada para as imagens referentes à questões políticas, principalmente as ligadas ao partido comunista, ao qual Frida era associdada, e também às grandes fábricas do período, como a montadora Ford.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-OEolnokfpX0N8EiG_S12chlD8LPS0f2ziHB3xdtFjl-OH97UNdpz5ac1aXzogsaOLoQEBkdivQZp6vf7HEruyP17sY0JlVj6yas3uyMyKrT_7CTCAWRt_hMFPL1jpWjFpJODH-rDbXK8/s1600/DSC03870.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-OEolnokfpX0N8EiG_S12chlD8LPS0f2ziHB3xdtFjl-OH97UNdpz5ac1aXzogsaOLoQEBkdivQZp6vf7HEruyP17sY0JlVj6yas3uyMyKrT_7CTCAWRt_hMFPL1jpWjFpJODH-rDbXK8/s1600/DSC03870.JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Diego Rivera (no seuestúdio de San Ángel). Anônimo, (ca. 1940). Museu Frida Kahlo. (MON, divulgação) </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo a historiadora Ana Maria Mauad Essus a fotografia é uma importante fonte para conhecer a trajetória de personalidades, famílias ou grupos sociais. Para ela, as fotos possuem mensagens que, ao serem analisadas, possibilitam a recuperação de representações. De acordo com Miriam Moreira Leite, esse exercício de leitura da imagem é significativo no momento em que a fotografia "reproduz da condição do retratado, o que silencia desse grupo e os indícios que permitem o observador perceber ou sentir outros níveis de realidade: sentimentos, padrões de comportamento, normas sociais, conformismo e rebeldia”. Portanto, através da leitura do acervo de fotografias de Frida Kahlo podemos conhecer pormenores e paricularidades do cotidiano e também dos sentimentos que acompanhavam a artista. Com certeza, saímos de lá com "uma parte" da alma de Frida, tão bem preservada em imagens eternas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3NBlXhYD-_mHkbArEXYEWrL8KYZLll8IhSi8baoN6jPzOry9JIis2XzTMG4lE3YwAljZrNIPP7xC1yV69GIg5LpZuArp6UqnMIn6s2O7CA52pjWhTKMRTehkREPuIAP0v6TYbAvBOdnZZ/s1600/DSC03783.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3NBlXhYD-_mHkbArEXYEWrL8KYZLll8IhSi8baoN6jPzOry9JIis2XzTMG4lE3YwAljZrNIPP7xC1yV69GIg5LpZuArp6UqnMIn6s2O7CA52pjWhTKMRTehkREPuIAP0v6TYbAvBOdnZZ/s1600/DSC03783.JPG" height="280" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Registro da minha presença na exposição.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-52170334162356392902014-09-10T00:00:00.000-07:002014-10-26T05:18:56.302-07:00Um livro que leva a outro, ou como conheci Janusz Korczak<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem gosta de
uma boa leitura não precisa de muito pra abrir um livro: uma capa charmosa, um
pocket que dá pra levar pra todo lugar, um preço em conta. Às vezes, o próprio livro
te leva a outra leitura. E isso está cada vez mais comum. Muitos jovens, após
lerem a série Crepúsculo, foram em busca do livro da Emily Brontë, o clássico “O
Morro dos Ventos Uivantes” que é citado durante a história. E, mais
recentemente, as vendas do “Diário de Anne Frank” aumentaram graças à febre do
autor John Green, “A Culpa é das Estrelas”, devido à visita dos protagonistas a
casa onde a jovem se refugiou durante a 2ª Guerra Mundial.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse tipo de coisa já aconteceu comigo também, é claro! Mas há um caso especial que se destaca entre os demais. Ocorreu durante a leitura do romance de Diane Ackerman, “O Zoológico de Varsóvia”. Essa obra é baseada em fatos verídicos e transporta o leitor para os anos da Segunda Grande Guerra. Acompanha-se os detalhes desse acontecimento não pelo ponto de vista dos detentores do poder nazista, mas sim, por meio de simples pessoas, testemunhas oculares dos horrores da destruição, que vivenciaram e sofreram num dos piores momentos da história da humanidade.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Sefvuw5x5nPek3YXMBAsT0_JKCfCvKi1Q1hhQFwgMTo_336L_OS_SMMzW2JveJb0WvhihCI0JmEY_KZL-k5kiQVietX7shDMMLABs5TKEegJeBn0hCqUGGl9wnAyet_syPKOlZhgR7pK/s1600/DSC03605.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Sefvuw5x5nPek3YXMBAsT0_JKCfCvKi1Q1hhQFwgMTo_336L_OS_SMMzW2JveJb0WvhihCI0JmEY_KZL-k5kiQVietX7shDMMLABs5TKEegJeBn0hCqUGGl9wnAyet_syPKOlZhgR7pK/s1600/DSC03605.JPG" height="400" width="300" /></a></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<span style="background: #EEEEEE;"></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jan e Antonina formaram um casal apaixonado por animais que cuidou e direcionou o Jardim Zoológico de Varsóvia, capital da Polônia. Através dos escritos de Antonina, a autora Diane Ackerman revela o dia-a-dia dos cuidados do zôo e é quase possível sentir a brisa fria e o cheiro das flores de tília, como também os zunidos dos animais. Aos poucos, o leitor se depara com os rumores de guerra e também sofre com as expectativas. Até que, os boatos ficam para trás e dá-se início à essa terrível batalha que se tornou a mais injusta e impiedosa, tanto por seus macabros ideais, como também pela sua artilharia.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jan e Antonina tiraram partido da obsessão dos nazistas com animais raros, "para salvar centenas de vizinhos a amigos ameaçados de extinção". Esconderam pelo território do zoológico e também na própria casa, quantos refugiados judeus puderam, colocando em risco suas vidas. O zoológico era um dos terrenos mais visados pelos alemães, "o coração do acampamento nazista", sendo inclusive alvo de suas caminhadas par se exercitar, e foi uma difícil tarefa mantê-los longe de suspeitas sobre o que realmente acontecia ali dentro.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo do livro, histórias paralelas de outros heróis são contadas, altruístas que dedicaram suas vidas a salvar outras, que disseram apenas que não fizeram nada mais do que era o certo a ser feito. Foram "pessoas comuns, nem impecáveis nem mágicas, e que a maioria permanece desconhecida a vida inteira, embora opte por perpetuar a bondade, mesmo em pleno inferno".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #EEEEEE;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><br /></span></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #EEEEEE;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
</span></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma dessas pessoas citadas no livro me chamou atenção. Seu nome é Henryk Goldzmit, mas seu pseudônimo é mais famoso: Janusz Korczak (1878-1942). Médico que exercia a pediatria, Korczak abandonou sua carreira promissora em 1912 para fundar um orfanato destinado a crianças de sete a quatorze anos de idade. Quando, em 1940, os judeus receberam ordens nazistas de se mudarem para o Gueto de Varsóvia, o orfanato foi transferido para o “bairro dos amaldiçoados”. Lá, Korczak protegeu, o quanto pode, crianças inocentes das atrocidades de um dos períodos mais tenebrosos da história. Todavia, o dia da deportação para o campo de extermínio chegou em 6 de agosto de 1942. Korczak, prevendo a calamidade e o pavor que tomaria conta daquelas pobres crianças, juntou-se a elas no trem destinado a Treblinka. No relato de Joshua Perle, testemunha ocular do fato, assim foi descrita a cena: “Ocorreu um milagre: duzentas almas puras, condenadas à morte, não choraram. Nenhuma delas fugiu. Ninguém tentou se esconder. Como andorinhas abatidas, elas se agarraram a seu mestre e mentor, a seu pai e irmão, Janusz Korczak”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXUPl-EUwoSF965c3-E0dBsICvhZMA9nzOWYtaKiUXyWJZtrGOgqKZo9NPwSdwb_ADRbnFRjsldsD77uo8_rAjrVTVrIXOSqqP0a6ofoJLMlbAPE8iwh88AXOxlP5-bR0o-WBaoR3QudNs/s1600/DSC09369.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXUPl-EUwoSF965c3-E0dBsICvhZMA9nzOWYtaKiUXyWJZtrGOgqKZo9NPwSdwb_ADRbnFRjsldsD77uo8_rAjrVTVrIXOSqqP0a6ofoJLMlbAPE8iwh88AXOxlP5-bR0o-WBaoR3QudNs/s1600/DSC09369.JPG" height="167" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">As crianças a caminho de Treblinka. Fonte: Michael Radoszewski</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: rgb(238, 238, 238);"><o:p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A força e a compaixão
de Korczak por aquelas crianças também me comoveu e eu precisava saber mais
desse ser humano tão corajoso e abnegado. Foi assim que eu descobri o lado
pedagógico de Korczak. Ao se dedicar às crianças do orfanato, ele se tornou um
verdadeiro educador. Foi precursor na luta em prol dos direitos da criança e do
reconhecimento de total igualdade infantil. Registrou seu conhecimento e
experiência em diversos livros especializados e também em romances. Dessa
forma, cheguei a um de seus livros intitulado “Quando eu voltar a ser criança”.
Nele, um adulto cansado de seus problemas sonha com os tempos áureos da
infância e magicamente volta a ser uma criança. Sem perder a memória de adulto,
ele revive as descobertas da infância através dos olhos da criança que se
tornou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0EldhwfFH_dxTkhYvBqEj-IYMBjQJ2_0crJ-SI7ApxYtktEgQ_ogMp_xYfASI5BybxNEZflYM2MvU5xcfpVSBbZ9K8IRFVvkXJru8AMEORZ9QYv8Z_mhXTtZ150NqKMxNg2yF93WLw3dM/s1600/DSC03606.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0EldhwfFH_dxTkhYvBqEj-IYMBjQJ2_0crJ-SI7ApxYtktEgQ_ogMp_xYfASI5BybxNEZflYM2MvU5xcfpVSBbZ9K8IRFVvkXJru8AMEORZ9QYv8Z_mhXTtZ150NqKMxNg2yF93WLw3dM/s1600/DSC03606.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Tradução de Yan Michalski. São Paulo: Summus, 1981. 16ª edição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em fevereiro
de 2010, logo após a leitura do livro, eu escrevi sobre: <o:p></o:p>O mundo nos molda, pressiona e aperta, até adquirirmos o formato da dureza, fruto das vivências. Porém, já houve uma fase em que a pureza habitava nosso ser. É provável que ainda guardemos alguns resquícios desse longínquo tempo chamado infância, mas, com certeza, muitas são as lembranças que já se apagaram. Quando nos deparamos com uma criança, parece que nos esquecemos de vez que um dia já fomos uma. Impomos nossa força e inteligência sobre elas, crendo na nossa superioridade. Nossa mente anda tão poluída com as preocupações do mundo adulto que acabamos por ignorar tudo o que se passa dentro desses pequenos seres. "Quando eu voltar a ser criança" é um livro encantador que, por meio dos olhos de uma criança, (re)ensina todos os sonhos, medos, descobertas, perdas, alegrias e tristezas de que é feito o mundo infantil. Um mundo tão cheio de cores, mas que podem se desbotar quando a inocência perde espaço para a realidade do crescer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Espero
que aqueles que estiverem lendo este texto também se sintam tocados pelo belo
exemplo de Janusz Korczak e busquem conhecê-lo melhor através de seus livros e de
sua história.</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiJSCdvJLcBFdmeKkJHXCXIc2MhXYBxWBGB0-A3ZLO5RxJlJRzDM1jpH0Vao-GLZMYw0GFntML8uaDm9IhGeadNnEd6B7HLis9v56DSh7uGscjFiKWV_1VibdulLBuS2ayUbPJsZcRiIDx/s1600/korczakwajda.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiJSCdvJLcBFdmeKkJHXCXIc2MhXYBxWBGB0-A3ZLO5RxJlJRzDM1jpH0Vao-GLZMYw0GFntML8uaDm9IhGeadNnEd6B7HLis9v56DSh7uGscjFiKWV_1VibdulLBuS2ayUbPJsZcRiIDx/s1600/korczakwajda.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-46550485011154375882014-09-03T11:41:00.001-07:002014-09-20T18:59:16.231-07:00O charme da BKF<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há certas coisas nesse mundo que, muitas vezes, estão distantes de nossa realidade, mas fazem parte de nosso imaginário. O maior exemplo disso, para mim, é a cadeira BKF. Antigamente, eu nem sabia que esse era o seu nome, na verdade, não tinha informação alguma sobre a peça, mas, dentre os móveis de brinquedo da minha boneca Barbie tinha uma BKF, à qual eu chamava de cadeira borboleta. De onde eu havia conseguido essa informação, eu não faço ideia. Só sei que não foi infundada, já que a partir da Segunda Guerra Mundial, quando o direito de produção da BKF foi comprado pela empresa norte-americana Knoll, ela passou a ser chamada de Butterfly.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredito que, muitas pessoas como eu, já ouviram falar da BKF, conhecem-na por nome ou por fotografia, mas nunca tiveram oportunidade de ter informações mais precisas. Pensando nisso, trago para o post de hoje um pouco da história dessa cadeira, considerada uma das grandes obras do design industrial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A BKF foi desenhada em 1938 pelos arquitetos do Grupo Astral, o catalão Antonio Bonet (1913-1989) e os argentinos Juan Kurchan (1913-1972) e Jorge Ferrari-Hardoy (1914-1977), cujas iniciais deram o nome à peça. Os três se conheceram em 1937 nos estúdios de Le Corbusier em Paris. Ter convivido e trabalhado com o “Bach” da arquitetura foi, provavelmente, a grande influência para a criação de um dos ícones da modernidade. A BKF é composta por uma estrutura curva de aço de 12 mm formada por uma espécie de dois triângulos cruzados os quais são forrados por uma peça de couro. Visualmente, ela proporciona a impressão de leveza e simplicidade ao misturar os conceitos de rusticidade e industrialização.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7GEs-STKhkUX2xNZ5NeRbWxP-JkoT3syKVkIe_aCN73jgGEoygaEgAQnik2D12G2CA2ClsvnNrp2dWsgbH21kbA_vH8PEC1NRTjZXE03I1pruCpYl5p5XPkhPgzQYd_O4RA21iCRd7ZjR/s1600/06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7GEs-STKhkUX2xNZ5NeRbWxP-JkoT3syKVkIe_aCN73jgGEoygaEgAQnik2D12G2CA2ClsvnNrp2dWsgbH21kbA_vH8PEC1NRTjZXE03I1pruCpYl5p5XPkhPgzQYd_O4RA21iCRd7ZjR/s1600/06.jpg" height="292" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Fonte: arxiubak.blogspot.com.br</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É claro que os artistas, apesar da criatividade, também se apropriaram da evolução estética do mobiliário para criar a BKF. Dessa forma, vemos uma grande semelhança entre a BKF e a Tripolina, cadeira em madeira de acampamento militar criada pelo inglês Joseph B. Fenby ainda no século XIX. Por sua vez, essa mesma cadeira foi inspirada pelas mobílias de viagem que precisavam ser leves, práticas e confortáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em julho de 1940, a BKF foi exposta na terceira edição do <i>Salon de Artistas Decoradores</i> de Buenos Aires onde conquistou dois prêmios e reconhecimento nacional e internacional. A BKF também atraiu a atenção do Curador de Design Industrial do Museum of Mordern Art de Nova York, Edgar Kaufmann jr. [sic] (ele não gostava do “júnior” em letra maiúscula). Kaufmann declarou que a BKF era um dos maiores esforços do design moderno e comprou dois exemplares por 25 dólares cada, sendo um deles reservado para compor o acervo permanente do museu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjQ9I_GyUhhp3WkQ_ISyyromTLTi92TznaQsbq6hrr4jIHMx0Wi0T0qFJN-jqXP5Nl9vLYKrC9O4mJJASNXIgWijiKhg90vBNG-aDOm1jFTBukMxJO2rvcOepLljuUY1qYwVIn9PDGx0fI/s1600/CRI_211853.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjQ9I_GyUhhp3WkQ_ISyyromTLTi92TznaQsbq6hrr4jIHMx0Wi0T0qFJN-jqXP5Nl9vLYKrC9O4mJJASNXIgWijiKhg90vBNG-aDOm1jFTBukMxJO2rvcOepLljuUY1qYwVIn9PDGx0fI/s1600/CRI_211853.jpg" height="400" width="388" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"> Exemplar original pertencente ao acervo do MOMA. Fonte: MOMA.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 1944, a BKF ganhou o prêmio de Aquisição do MOMA e, no ano seguinte, foi exposta no Pavillion Jeu de Pomme de Paris. De invenção e objeto de arte, a cadeira BKF se tornou popular e passou a fazer parte de muitos lares, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. Importantes personalidades adotaram a BKF como uma espécie de cadeira inspiradora! Os seus traços simples em conjunto com o aspecto grosseiro do couro permitiam ao usuário a adoção de diversas posições, proporcionando a sensação de aconchego do deitar em uma rede, elemento tão comum da cultura argentina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGHEo18hozQZPT1PJT7eQI6YgsQT4Xf694c36v9YKwx8OR5lpjAEiw6Zd_MhSq2YQ2r8-ECZNT7UxFF6ErVHjfReL7q0ZmmhMHVxm6CP_Qdr2PzFZpiqBIRBjRck-itDWpUEi7m5FjjkrC/s1600/Italo+Calvino+sentado+en+una+BKF+en+su+biblioteca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGHEo18hozQZPT1PJT7eQI6YgsQT4Xf694c36v9YKwx8OR5lpjAEiw6Zd_MhSq2YQ2r8-ECZNT7UxFF6ErVHjfReL7q0ZmmhMHVxm6CP_Qdr2PzFZpiqBIRBjRck-itDWpUEi7m5FjjkrC/s1600/Italo+Calvino+sentado+en+una+BKF+en+su+biblioteca.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Ítalo Calvino e sua BKF. Fonte: byricardomarcenaro.blogspot.com.br</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Atualmente, é muitíssimo difícil conseguir um exemplar original, mas há muitas empresas de design de interiores especializadas na reprodução fiel da cadeira modernista. Inclusive, o couro tem sido substituído por diversos tipos de tecidos e estampas. Apesar de seus 76 anos, a BKF ainda é muito popular, mas, como manifestaram os autores, ela é mais do que um simples objeto funcional, é também uma obra de arte. E, hoje, ainda traz consigo uma forte carga cultural. Quem tem o privilégio de ter uma BKF decorando a sua casa, não tem apenas um cadeira, mas um dos melhores exemplos de escultura contemporânea.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK2sCCTUhXd9G7dp-mhiVImWkY-_bd_tPNvWUowkHtf9NaMm18VuYdRY9bJp-nGEhzKnurPE5uwRX8v-L66I9JGyd6zh5tB4uCPUd8jyj4-_l2jqfwb9okJ8s25INjt6UEQleCd2i2ZCmy/s1600/silla-bkf-ii-buenos-aires-1938-L-DjXKt2+(1).jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK2sCCTUhXd9G7dp-mhiVImWkY-_bd_tPNvWUowkHtf9NaMm18VuYdRY9bJp-nGEhzKnurPE5uwRX8v-L66I9JGyd6zh5tB4uCPUd8jyj4-_l2jqfwb9okJ8s25INjt6UEQleCd2i2ZCmy/s1600/silla-bkf-ii-buenos-aires-1938-L-DjXKt2+(1).jpeg" height="295" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; clear: both; color: black; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: auto; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">As diferentes formas de se sentar numa BKF. Fonte: es.paperblog.com</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-21993725473834869042014-08-27T10:00:00.002-07:002014-08-27T10:23:47.516-07:00Xadrez na sala de aula<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muito já se foi falado sobre a importância da utilização do
jogo de xadrez em sala de aula. Seja na disciplina de matemática, educações artística ou física, o xadrez é um ótimo parceiro na educação de crianças,
jovens e adultos, principalmente, pela sua característica socioeducativa que
estimula a cognição. A prática do jogo permite ao aluno uma maior concentração
e atenção diante do aprendizado; desenvolvimento do raciocínio e, até mesmo, da
imaginação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com os enxadristas Felix Sonnenfeld e Idel Becker,
o xadrez pode ser definido como jogo, ciência e arte. Ou seja, em uma única
atividade, são reunidos o esporte, com sua competição e divertimento; o estudo,
com a pesquisa e o descobrimento; e a beleza, com sua admiração e harmonia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O ideal seria estabelecer o xadrez como uma disciplina e não
somente como ferramenta educacional complementar. Mas, enquanto as grades
escolares não são modificadas, os professores podem fazer uso desse jogo de
tabuleiro em suas aulas. Eu mesma já fiz isso, durante o meu estágio no período
de faculdade de História.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfTinf-bgHGYfDNSvj1MYiMmo4hm_oZyWEhV_ezKsjQh0tf9gcJa2yFnph_WZBehELTtryvv63fy8vTnlxTTw52tOeKBOkT2NvVb0kEsU2DTqfj0TR5f1AlTBSE56x4IN-R_pzw3CNjkmI/s1600/DSC03491.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfTinf-bgHGYfDNSvj1MYiMmo4hm_oZyWEhV_ezKsjQh0tf9gcJa2yFnph_WZBehELTtryvv63fy8vTnlxTTw52tOeKBOkT2NvVb0kEsU2DTqfj0TR5f1AlTBSE56x4IN-R_pzw3CNjkmI/s1600/DSC03491.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Dois livros básicos sobre xadrez. Um com as regras e estudo dos movimentos e o outro sobre a história do jogo. Sob eles está a minha mesa de xadrez, em madeira marchetada, original do século XIX.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como o tempo de disciplina é curto, não me foi possível esmiuçar
todos os detalhes do jogo, nem mesmo me detive em explicar o objetivo e o
movimento das peças. No entanto, fiz uso da imagem simbólica do xadrez para
explicar a sociedade feudal da Idade Média europeia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dessa forma, dividi a turma em grupos e os ajudei a organizar
as peças no tabuleiro. Inicialmente, fiz uma pequena introdução à história do
xadrez. Apesar de grande controvérsia, a maioria dos historiadores concorda que
o xadrez nasceu a partir da combinação de jogos de guerra e azar e jogos de
lógica e estratégia, provavelmente alguns séculos antes de Cristo em alguma
região do Oriente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O jogo de xadrez chega a Europa por duas vertentes, tanto
pela invasão de Espanha, Portugal e da França pelos árabes no início do século
VIII, como também pelas rotas comerciais na região do Mediterrâneo. A chegada
da cultura islâmica na Europa trazia consigo os conhecimentos do oriente. Os
europeus assimilaram e adaptaram os costumes orientais ao seu modo de vida.
Dessa forma, o jogo de xadrez ganhou uma nova cara, deixou de lado as representações
dos soberanos asiáticos e da fauna típica, como os elefantes, para dar lugar
aos reis e aos cavalos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir daí, expliquei como se dava a organização do mundo
medieval na Europa ocidental. Segundo o grande medievalista Jacques Le Goff, o
feudalismo foi “um sistema de organização econômica, social e política baseado
nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados –
os senhores –, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de
dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com
que viver”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dessa forma, expliquei aos alunos que no xadrez está representada
a composição social e política do feudalismo. Vejamos: em primeiro lugar, o
xadrez é um jogo de guerra, isto é, dois exércitos lutam num campo de batalha
com o objetivo de vencer o inimigo. Durante os primeiros séculos que
compreendem a Idade Média, os europeus conviviam com a realidade das invasões de
território. A guerra era um hábito e se preparar para ela era considerado mais
do que normal, e sim, necessário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em relação às peças, a principal delas é o Rei representando
os nobres (o poder temporal), os quais detinham a posse das terras e se
dedicavam basicamente às atividades militares. Diferentemente do jogo oriental
que não possuía a figura feminina, o xadrez europeu permite ao Rei a companhia
de sua consorte, a Rainha. E, acredito eu, esse fato se dá, principalmente,
para expressar a união cristã, ou seja, a influência da Igreja Católica nas
decisões políticas e ideológicas. Tanto é, que no tabuleiro também o clero (o
poder espiritual) está representado através dos bispos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os cavalos retomam o sentido da guerra, já que eram uma das
grandes armas a serem utilizadas no campo de batalha. As torres fazem menção aos
castelos medievais. Logo à frente dessas peças estão os peões que seriam uma
espécie de infantaria do exército. Mas não deixam de representar os servos,
isto é, os trabalhadores que compreendiam a maioria da população camponesa,
responsáveis pelos trabalhos necessários à subsistência da sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante a aula, consegui percorrer sobre essas
características, além de discutir a troca de conhecimento entre os povos, a assimilação
de costumes e o por quê de até hoje jogarmos xadrez com peças referentes à
Idade Média. Apesar de não tido tempo para ensinar as regras do jogo, as quais
uns já sabiam, a grande maioria ficou interessada em aprender e, penso eu, que
voltaram para casa com a intensão de jogar um pouquinho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E, mais do que isso, tenho certeza que os alunos conseguiram
compreender de forma lúdica a organização de uma sociedade que para eles é
muito distante e de difícil absorção. Ao estabelecer a comparação entre o jogo e
o feudalismo os alunos conseguiram entender o conteúdo da disciplina sem
grandes esforços ou fórmulas decoradas. Ou seja, aprenderam brincando!</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwSRpXv8Lda0aI8Id7bxRaXmV3UioLjG5TgRNIQuh5PHfU7hyzS_sdnIV5E7LVPSRgnzcSWYpQgQbREjh9GaHLx-tuOQUMhUGMHFJBIIVaJsauXbTd6Pk-Vovatx1YQq4fa80gSD1htJbj/s1600/DSC03496.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwSRpXv8Lda0aI8Id7bxRaXmV3UioLjG5TgRNIQuh5PHfU7hyzS_sdnIV5E7LVPSRgnzcSWYpQgQbREjh9GaHLx-tuOQUMhUGMHFJBIIVaJsauXbTd6Pk-Vovatx1YQq4fa80gSD1htJbj/s1600/DSC03496.JPG" height="251" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Na foto, eu aos 12 anos de idade acompanhada do meu primeiro professor de xadrez, Luiz Carlos de Oliveira, no clube de xadrez da escola. Os professores são grandes incentivadores!</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-79842455313942004172014-08-13T15:45:00.000-07:002014-08-13T15:47:45.556-07:00Visita: SENAI Espaço da Moda<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A cidade de Nova Friburgo é conhecida em todo o país pela sua grande indústria de moda íntima. Muitos turistas visitam o município em busca da variedade de opções, da qualidade dos materiais e, também, dos baixos preços dos produtos. A ênfase da produção está na confecção de roupas íntimas femininas e maculinas, mas as lingeries sensuais, as roupas de dormir e as modas fitness e praia também são muito comuns.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O título de "capital da moda íntima" já vem desde a década de 1990, mas a relação de Nova Friburgo com a indústria têxtil remete aos princípios do século XX quando, após a inauguração de energia elétrica, empresários alemães instalaram suas fábricas de fios e bordados (Arp - 1911) e artefatos de tecido, couro e metal (Ypu - 1912) na cidade. Em 1925, o município passou a contar com a Fábrica Filó, especializada em filó de diversos tipos e outros tecidos e, em meados do século, contou com a criação de mais duas empresas, a Sinimbu (1953), produtora de fitas, e a Hak (1958), uma fábrica de fusos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 1980, uma crise financeira levou a fábrica Filó, já vendida para a multinacional Triumph, a se reestruturar. Diante da reorganização de seu quadro funcional, mais de 600 empregados foram demitidos da empresa. Muitos deles, não tendo outra opção de serviço, utilizaram seus conhecimentos em costura para criarem seus próprios produtos. Dessa forma, iniciaram suas próprias confecções de roupa. Antes mesmo deste fato acontecer, já havia um número relevante de pequenas empresas, de caráter familiar mesmo, que fugiam do desemprego. Com a demissão em massa da Filó, ocorreu um aumento das confecções e o consequente acirramento entre elas, incentivando, assim, a diversificação e o barateamento dos produtos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde então, Nova Friburgo conquistou um espaço no mercado nacional e internacional. Todos os anos, desde 1990, acontece na cidade a FEVEST, a maior feira de moda íntima do país, responsável pela divulgação e expansão dos negócios locais. Na edição deste ano, que aconteceu durante os dias 2, 3 e 4 de agosto, a Feira contou com uma nova programação: a inauguração do tão esperado SENAI Espaço da Moda. E, durante, esta semana, eu estive lá para conferir as novidades do local.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC037hQLCdWw2U651QgqhWHaTiZg5ukXdAX0To8tyFyQCx46etKysUzwlInWJxaA17gcih2dtyqXKzo6e8pgLeANjWBjLEy0vZ8pom3t-e9S5wqk-gykvkoMJZO2ed-qjH8u2TkGDgPzMJ/s1600/DSC03480.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC037hQLCdWw2U651QgqhWHaTiZg5ukXdAX0To8tyFyQCx46etKysUzwlInWJxaA17gcih2dtyqXKzo6e8pgLeANjWBjLEy0vZ8pom3t-e9S5wqk-gykvkoMJZO2ed-qjH8u2TkGDgPzMJ/s1600/DSC03480.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Espaço da Moda está localizado numa das dependências da antiga fábrica de Rendas Arp (extinta em 2011). É um prédio amplo e que foi muito bem aproveitado para as novas finalidades, contando com instalações amplas e infraestrutura adequada. O objetivo principal do Espaço é se constituir como ponto de referência aos assuntos relacionados à moda íntima, tanto para estudantes como para profissionais. Para tanto, o Espaço oferece aulas através de cursos técnicos, desde os assuntos relacionados à costura, modelagem e planejamento de produção, até a manutenção de máquinas de corte e costura, e oferece suas salas e auditório, para reuniões, consultorias e conferências para aqueles empresários que sintam a necessidade de se atualizar e contar com o apoio e conhecimento de especialistas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O térreo conta com as salas de aula e também com o laboratório de manutenção de maquinário, um local repleto de máquinas de costura, tanto mecânicas como eletrônicas, à disposição dos alunos. A fim de aproveitar o espaço, essas máquinas são acopladas a suportes de madeira que são armazenados numa espécie de estante. Para sua utilização, basta escolher um modelo e deslizá-lo pela estante. Há uma empilhadeira para desempenhar o transporte, evitando o carregamento de peso por parte do aluno. Enfim, o tabuado é apoiado em um outro suporte de metal, que lembra uma mesa e, dessa forma, o aluno pode, em um único local, usufruir de diversos tipos de maquinário. Além dessa otimização do espaço, foram confeccionados, pelos próprios técnicos do SENAI, expositores do funcionamento dos sistemas das máquinas de costura que consistem, basicamente, na apresentação do interior desses objetos, não somente estáticos, mas também em uso!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No primeiro andar, além de salas de aula, há também a biblioteca e materioteca. A biblioteca conta com um grande acervo de livros sobre os temas de arte, moda e desing, além de computadores. A materioteca é composta por uma espécie de araras onde estão dispostos as diferentes tipologias de tecido, através dos quais é possível compreender, por meio do olhar e do toque, o feitio do pano.</span> </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoaSb1GwqE1r4qsYhp6gNbLhQjKQv6U-SFtAgs1Fk6hmMKT38dIfSCMBivK-oWIX0SeYp_v-7iEy3MBLoeErcNeEqV8DZOlZGlhZzPNp4ysQTIqU_JQ0OvgiLoHHiffRWc4-X6s_mBnRIR/s1600/DSC03479.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoaSb1GwqE1r4qsYhp6gNbLhQjKQv6U-SFtAgs1Fk6hmMKT38dIfSCMBivK-oWIX0SeYp_v-7iEy3MBLoeErcNeEqV8DZOlZGlhZzPNp4ysQTIqU_JQ0OvgiLoHHiffRWc4-X6s_mBnRIR/s1600/DSC03479.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3eJZ4x84NLsLC0TCiIpav-ZgqibodIN8kFCvHDWEORZ7aWvRRZwfcx89zI3uKHXePYCdLJ7eMqf3v_M8yl1lpnxwZTHnq9W8SInEzt-8N2SPDUp5HioiHEXjy260MDwD2tRpLVLMudMc6/s1600/DSC03478.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3eJZ4x84NLsLC0TCiIpav-ZgqibodIN8kFCvHDWEORZ7aWvRRZwfcx89zI3uKHXePYCdLJ7eMqf3v_M8yl1lpnxwZTHnq9W8SInEzt-8N2SPDUp5HioiHEXjy260MDwD2tRpLVLMudMc6/s1600/DSC03478.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O segundo patamar conta com um espaço voltado tanto para o público em geral como para os empresários. Lá estão o auditório, as salas de desenho e costura dos designers e as salas para workshops e reuniões. Há também um café e um espaço interativo com pufes e tapetes. O corredor de ligação entre esses espaços funciona também como local de exposição.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdICbmP0meVVkXdeTZBVKmmgK7D3RaYKcFCTMhuRdF_WffmdsRYo0eYaXdSbsiIM4ALuujMKXGJ0aXErhJ-lLgGtbGPMKt9xI1985CzNso4RPXX9igziqDwLmoqau28BMI05zPEqwbO4JM/s1600/DSC03469.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdICbmP0meVVkXdeTZBVKmmgK7D3RaYKcFCTMhuRdF_WffmdsRYo0eYaXdSbsiIM4ALuujMKXGJ0aXErhJ-lLgGtbGPMKt9xI1985CzNso4RPXX9igziqDwLmoqau28BMI05zPEqwbO4JM/s1600/DSC03469.JPG" height="400" width="302" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRrWUB21dGeREnsYnnBzQPz19YkdF2uaSnft143e5ZnWseo0u6yvS7CiJgp-fBVM3kxuiZnAijraQNdHHRLw18QSHjMydLdMXMR3vIKybaJjXVP3iHPDCHT4nkfcnwhWjNn3Q_z_eAFguF/s1600/DSC03470.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRrWUB21dGeREnsYnnBzQPz19YkdF2uaSnft143e5ZnWseo0u6yvS7CiJgp-fBVM3kxuiZnAijraQNdHHRLw18QSHjMydLdMXMR3vIKybaJjXVP3iHPDCHT4nkfcnwhWjNn3Q_z_eAFguF/s1600/DSC03470.JPG" height="297" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6GSb18KZ3y01JuNDJBi1HQ_LfKN-d5FLONfpiqZtx4mkeZUobgd2-3k4sDqCkAoY88a2CmaY7ZB9cGqgTdHnXo2Vg8mlHYggO09LIYy67BAUHOOC4nVxzWEdREUFRFhHv8sB9m-nrx1yq/s1600/DSC03476.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6GSb18KZ3y01JuNDJBi1HQ_LfKN-d5FLONfpiqZtx4mkeZUobgd2-3k4sDqCkAoY88a2CmaY7ZB9cGqgTdHnXo2Vg8mlHYggO09LIYy67BAUHOOC4nVxzWEdREUFRFhHv8sB9m-nrx1yq/s1600/DSC03476.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A exposição atual se intitula "Cenário #lingerie" e trata da história da moda íntima, desde 1900 até os dias atuais. É composta por pequenos textos explicativos sobre as mudanças no mundo da lingerie em cada década do século XX além de contar com belíssimas ilustrações. Para conhecer um pouco além do que está exposto, é só garantir para si um catálogo. Há a versão física, mas também a digital que é possível ser acessada aqui: www.firjan.org.br/espacodamoda.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn7HKNioboLsKyWIMWF21gL7xzRRTdudtQhz_lc-me01fTQxlLDxAYmogXF3oflRwI9Hp9jTEKwYpVEa_fAJil7JQQDXbufAwzAzpTkW2LkaaGMU0AFGb_AjQaJ_PXg7eytRq3cS4jQBoV/s1600/DSC03460.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn7HKNioboLsKyWIMWF21gL7xzRRTdudtQhz_lc-me01fTQxlLDxAYmogXF3oflRwI9Hp9jTEKwYpVEa_fAJil7JQQDXbufAwzAzpTkW2LkaaGMU0AFGb_AjQaJ_PXg7eytRq3cS4jQBoV/s1600/DSC03460.JPG" height="317" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrNa9cdoWhXLqvsR1314kaeWKpI5y2YfaLAaHL0D8oJWuI_5nvxn-kHH7zr4S-RVcBxZYudY_3GjLcg6r9843jcoHP1Hve65reWRfBXkrAFpikWKU0UuK6mqnpiMeM4c2xXlgtZNXufpDr/s1600/DSC03468.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrNa9cdoWhXLqvsR1314kaeWKpI5y2YfaLAaHL0D8oJWuI_5nvxn-kHH7zr4S-RVcBxZYudY_3GjLcg6r9843jcoHP1Hve65reWRfBXkrAFpikWKU0UuK6mqnpiMeM4c2xXlgtZNXufpDr/s1600/DSC03468.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYxl6kOsPpsUDh4MHySnp-OKr1_BnWLI4Aj1PEb-8sL8MJ0NO3UtvxZX349AJyUD5gNT-fMDoOYVghckyzVpfIQ14SQ_mjG3WunO7iKQeLM7qbn9f-jkFYY4vIAqmnh6JKLxZiPBmiPDBA/s1600/DSC03483.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYxl6kOsPpsUDh4MHySnp-OKr1_BnWLI4Aj1PEb-8sL8MJ0NO3UtvxZX349AJyUD5gNT-fMDoOYVghckyzVpfIQ14SQ_mjG3WunO7iKQeLM7qbn9f-jkFYY4vIAqmnh6JKLxZiPBmiPDBA/s1600/DSC03483.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem dúvida, o SENAI Espaço da Moda vai trazer muitas novidades para toda a região. E não só sobre o mundo da moda, já que a instituição envolve diversas áreas, desde arte até tecnologia. Nova Friburgo, uma cidade tão grande em ideias, estava precisando de um espaço voltado para a disseminação do conhecimento e da cultura.</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-2796442386114777782014-08-06T11:36:00.001-07:002014-08-13T11:08:39.425-07:00Machado de Assis em hiperlinks<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Já falamos aqui no blog sobre os
clássicos da literatura e a importância de lê-los. Mas, convenhamos, os
clássicos não são leitura fácil! Digo isso, não em relação à narração, que, na
verdade, é a responsável por cativar o leitor, mas sim, a respeito da assimilação
do contexto histórico, dos lugares, dos costumes, enfim, do escopo cultural que
envolve todo romance. Às vezes nos deparamos com palavras complicadas, há muito
não convencionais, ou somos apresentados a lugares distantes da nossa
realidade. Acredito eu que essas são as dificuldades encontradas pelos leitores
e que, muitas vezes, tornam-se verdadeiras barreiras para o desempenho de uma
leitura harmoniosa.</span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ler clássicos, recentes ou remotos, é
uma atividade complicada. E assim o é porque eles nos transportam para um outro
tempo histórico diferente, geralmente o passado, que também não é tarefa fácil
de se compreender. De acordo com o historiador Eric Hobsbawm, o passado, muitas
vezes representa, para a grande maioria das pessoas, uma terra de ninguém, uma
"zona de penunmbra" de difícil assimilação, principalmente quando há
uma mistura entre história e memória. Mas, entender o passado é importante; e
poder fazê-lo através da literatura é prazeroso!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para nos auxiliar na leitura dos
clássicos, as editoras têm investido em edições com notas explicativas ou com
uma breve apresentação dos costumes da época retratada no romance. A editora
LP&M, por exemplo, nas edições da obra de Machado de Assis, além de nos
apresentar ao cotidiano carioca do século XIX, ainda conta com uma mapa
temático do centro histórico da então capital do Brasil, para que possamos nos
familiarizar com a obra e compreendê-la melhor.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Da mesma forma, um grupo de estudiosos
comandados por Marta de Senna (mestre em teoria da Literatura pela UFRJ),
desenvolveu um site (<span style="background: white;">parte de um projeto
de pesquisa da Fundação Casa de Rui Barbosa, com o apoio do CNPq e
da FAPERJ)</span></span><span style="background: white; color: #333333; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">sobre a obra de Machado de Assis com o objetivo de disponibilizar online
todas as obras do grande escritor, mas com o diferencial de serem acompanhadas
por referências identificadas no corpo do texto, ou seja, hiperlinks
responsáveis por armazenar informações extras que venham a contribuir para
compreensão da obra.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com o site
(http://machadodeassis.net/), "<span style="background: white;">o leitor
poderá não apenas desfrutar o romance ou o conto em si, mas também achar, nas
notas em forma de <i>links</i>, explicações sobre todas as citações e
alusões do texto: tanto as de natureza simbólica (autores, obras de arte,
personagens, fatos históricos referidos por Machado de Assis), como as menções
a lugares e instituições não-ficcionais (bairros e ruas da cidade do Rio de
Janeiro, lojas, teatros, cafés que as personagens machadianas
frequentam)".</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white;"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRoDEl9FRhOIVUy7t0SWc1IjJ50jvQKDL2xxgEokTXbv6LUvV0JHxxTOD1fcOuRPbGS8jAWk7rmCAJwaf2BQG7-9iSy7gy9BLw53-TiHKhOtamCh48iRBXYf80mBsWzdiL9OoAgzCLLSkY/s1600/site.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRoDEl9FRhOIVUy7t0SWc1IjJ50jvQKDL2xxgEokTXbv6LUvV0JHxxTOD1fcOuRPbGS8jAWk7rmCAJwaf2BQG7-9iSy7gy9BLw53-TiHKhOtamCh48iRBXYf80mBsWzdiL9OoAgzCLLSkY/s1600/site.png" height="326" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <span style="font-size: x-small;">Um exemplo encontrado em <i>Memórias Póstumas de Brás Cubas</i>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white;"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">O projeto de 2007 ainda está em andamento e, até
agora, o site já conta com 23 obras de Machado, entre romances e contos, com
links. São elas: </span><i style="line-height: 150%;"><span style="background: white; mso-bidi-font-weight: bold;"><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/ressurreicao.htm"><span style="color: blue;">Ressurreição</span></a></span></i><span style="background: white; line-height: 150%;"> , <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/amaoealuva.htm"><span style="color: blue;">A mão e a luva</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/helena.htm"><span style="color: blue;">Helena</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/iaiagarcia.htm"><span style="color: blue;">Iaiá Garcia</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/brascubas.htm"><span style="color: blue;">Memórias póstumas de Brás Cubas</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/quincasborba.htm"><span style="color: blue;">Quincas Borba</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/domcasmurro.htm"><span style="color: blue;">Dom Casmurro</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/esauejaco.htm"><span style="color: blue;">Esaú e Jacó</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/memorial.htm"><span style="color: blue;">Memorial de Aires</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/ContosFluminense.htm"><span style="color: blue;">Contos fluminenses</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/historiasdameianoite.htm"><span style="color: blue;">Histórias da meia-noite</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/papeisavulsos.htm"><span style="color: blue;">Papéis avulsos</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/Historiassemdata.htm"><span style="color: blue;">Histórias sem data</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/variashistorias.htm"><span style="color: blue;">Várias histórias</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/paginasrecolhidas.htm"><span style="color: blue;">Páginas recolhidas</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/reliquiasdecasavelha.htm"><span style="color: blue;">Relíquias de casa velha</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 1</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos2.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 2</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos3.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 3</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos4.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 4</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos5.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 5</span></a></i>, <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos6.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 6</span></a></i> e <i><a href="http://www.machadodeassis.net/hiperTx_romances/obras/contosavulsos7.htm"><span style="color: blue;">Contos avulsos - fase 7</span></a></i>. É só clicar e
ser direcionado para o texto!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">Infelizmente, não há a
opção de fazer download do conteúdo que só pode ser acessado através de uma
conexão de internet. Além disso, tive dificuldades para utilizar o site pelo
celular e por e-readers. Mas, espero que essas questões venham a ser sanadas
futuramente. Por enquanto, já estou bem contente com a disponibilização das
obras de Machado e mais ainda em poder desfrutá-las sem impedimento!</span></span></div>
<div>
<br /></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-32913136678124078002014-07-30T15:18:00.001-07:002014-07-30T15:30:09.366-07:00Um olhar em preto e branco<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas grandes
capitais do Brasil e do mundo afora, a arte de rua domina a paisagem urbana.
Qualquer tipo de suporte, seja ele um muro, uma fachada, ou um hidrante, vira
tela para o artista. E, mesmo que não tenhamos nenhum conhecimento a respeito
do autor, vamos nos familiarizando com os traços e as cores próprias de cada
grafite. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas cidades
interioranas, o grafite também está presente, mas em escala bem reduzida,
provavelmente, devido ao velho conservadorismo... E isso ficou bem claro,
durante essa semana, aqui em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. Domingo
passado, dia 27, quem passava pelo centro da cidade, foi surpreendido pelo trabalho
do artista pernambucano Derlon Almeida na fachada do prédio da Usina Cultural. A
antiga parede branca estava dando lugar a uma obra de arte!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj41QPB4GGeoAN4uDEBe2civquzpM2FNAf2m8cK3ZykmP8rl955qLcmVZlde-nV-8YeAw-3pt5qYUoC515Ex6jvdEB9bXtnA_qZGfrp67Sk5-FWzanNpq1HBeVb6vtjIejo5yYT3ZX503ei/s1600/DSC03442.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj41QPB4GGeoAN4uDEBe2civquzpM2FNAf2m8cK3ZykmP8rl955qLcmVZlde-nV-8YeAw-3pt5qYUoC515Ex6jvdEB9bXtnA_qZGfrp67Sk5-FWzanNpq1HBeVb6vtjIejo5yYT3ZX503ei/s1600/DSC03442.JPG" height="297" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Primeiros traços de domingo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O trabalho do
Derlon é bem diferente dos grafites populares. Suas intervenções são inspiradas
no método de xilogravura, técnica de gravação em madeira e que se tornou muito comum
na literatura de cordel, manifestação artística típica do nordeste brasileiro. Os seus traços fortes em preto e branco já foram motivo de surpresa, mas, acredito eu, que a falta de hábito dos friburguenses diante da arte de rua
também foi um grande fator para o sobressalto geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não teve uma
pessoa que não parasse para admirar o trabalho, mesmo se estivesse dirigindo e
atrapalhasse um pouquinho o trânsito! A comoção foi geral, sem dúvida,
principalmente, porque a imprensa ainda não tinha dado conhecimento do fato. Todo
mundo queria bater uma foto ou dar uma palavrinha com o artista. Eu, claro,
muito curiosa, aproveitei um momento de descanso do Derlon pra fazer umas
perguntas a respeito do novo trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3_WhG4gnmoKJaLr5s1WTiuxCE73X-LBE_BFXS66pQgz_LzfG673R-dNlH49P0-_VTwh3TowmHbwHz_G20Cqz0Vc4V3je5a5BP9Wz6-ggvxlGFI4huOXizKZ2yVZ3Yc8o-KSKz_Qz4JvL/s1600/DSC03446.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3_WhG4gnmoKJaLr5s1WTiuxCE73X-LBE_BFXS66pQgz_LzfG673R-dNlH49P0-_VTwh3TowmHbwHz_G20Cqz0Vc4V3je5a5BP9Wz6-ggvxlGFI4huOXizKZ2yVZ3Yc8o-KSKz_Qz4JvL/s1600/DSC03446.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em primeiro
lugar, devo ressaltar a simplicidade do rapaz. Apesar de já ter exposto seus
trabalhos nos principais centros artísticos do mundo, como Paris, Londres e
Amsterdã, ele é muito simpático, atencioso e humilde. E, diante do seu
histórico, a minha primeira questão foi sobre a sensação de produzir
um trabalho no Brasil e numa cidade do interior como Nova Friburgo. Para ele,
fazer uma intervenção num município pequeno é mais significativo do que nas capitais,
isso porque, o ritmo da cidade é quebrado, a sua obra ganha mais visibilidade e
importância para a população, o contrário do que acontece num grande centro urbano.
Derlon também me contou que foi a primeira vez que visitou Nova Friburgo, uma
cidade que só conhecia de nome, e que estava muito feliz por poder deixar um
trabalho inédito para a população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O prédio onde
foi feita a obra de Derlon, propriedade da empresa de energia elétrica
Energisa, é um imóvel antigo, datado da primeira metade do século XIX, mais precisamente,
1845. Está situado numa das esquinas mais movimentadas da cidade. Foi
propriedade de Antonio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, e lhe servia
como adega e depósito de materiais de viagem. Inicialmente, era uma casa térrea
com porta central e duas janelas de cada lado. Mas, em 1923, foi reformada e
passou a ser um sobrado com dois pavimentos, características que são
preservadas até hoje. Devido a sua importância histórica, este imóvel, bem como
outros, foi decretado patrimônio cultural pelo município em 2012. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUXysrpvfbDuxOqsyLUmmHtDG30dWYlQ6qSo9C1s5kRcT5x0b6Pgf67NteXKFz75tuonUJI-K5zW66tVlncsxDUOqAD4skxIcQ-xbPhDa0cOXQH9-Ip_onYWsbnHbCAsQPFXteye4tpFP0/s1600/antesusina.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUXysrpvfbDuxOqsyLUmmHtDG30dWYlQ6qSo9C1s5kRcT5x0b6Pgf67NteXKFz75tuonUJI-K5zW66tVlncsxDUOqAD4skxIcQ-xbPhDa0cOXQH9-Ip_onYWsbnHbCAsQPFXteye4tpFP0/s1600/antesusina.png" height="278" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O prédio anteriormente. Crédito: Google Maps</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante dessa informação, perguntei ao
Derlon se ele já tinha grafitado em um bem tombado e qual era a perspectiva de
poder fazer um trabalho num imóvel protegido. Ele me disse que já tinha passado
pela experiência de grafitar uma igreja, mas que os trabalhos foram apagados
pelo padre responsável. Ele também se mostrou muito surpreso em saber que o
imóvel é considerado patrimônio histórico. Para mim, a produção artística, além de não interferir nas
características do imóvel, promoverá a sua proteção através da conjugação do
antigo e do contemporâneo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBhTdwD6m0lfmI-jVZtoe5SHMt6uBUqrnSTeOOZe7pzX_WlHN4XlEInO1yyMtCpOPijbj3Wajec1RBfXwjh9FSeZ26TyOGMwCyg8FMBErQYM4FHT121-axYEqnKB-cyy5sxSKaDTrodO1k/s1600/DSC03455.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBhTdwD6m0lfmI-jVZtoe5SHMt6uBUqrnSTeOOZe7pzX_WlHN4XlEInO1yyMtCpOPijbj3Wajec1RBfXwjh9FSeZ26TyOGMwCyg8FMBErQYM4FHT121-axYEqnKB-cyy5sxSKaDTrodO1k/s1600/DSC03455.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">E agora com nova cara!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A intervenção
foi uma iniciativa do Festival Sesc de Inverno que teve como tema a arte de
rua. O objetivo era proporcionar a interação entre o cotidiano urbano e manifestações
artísticas, principalmente o grafite. Mais do que um belo presente, tenho
certeza que a obra de arte do Derlon vai além do embelezamento da cidade.
Durante quatro dias, a população assistiu ao espetáculo de um artista, interagiu
com ele, mesmo que à distância, ao admirar e reconhecer a beleza de seu
trabalho. Acredito que, a partir de agora, os friburguenses vão olhar a sua
cidade com outros olhos, ao reconhecer o valor de um local bonito e agradável e
a importância de mantê-lo conservado!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH3b2XLNUkdp8EydEwiNLwIqlrjxy_855Uj-ULLq7v51W2CInu1hM5v0KO_sZZEwe6EQSayJMyPWZwlbg6nDtiS1ub5RUIlONx0ToGh_uhI1UpKDmIPhhRq7R0ny2Ic1WgC1Vos2VuCer7/s1600/DSC03456.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH3b2XLNUkdp8EydEwiNLwIqlrjxy_855Uj-ULLq7v51W2CInu1hM5v0KO_sZZEwe6EQSayJMyPWZwlbg6nDtiS1ub5RUIlONx0ToGh_uhI1UpKDmIPhhRq7R0ny2Ic1WgC1Vos2VuCer7/s1600/DSC03456.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-49461923457242703822014-07-23T11:11:00.000-07:002014-07-23T13:03:39.914-07:00Drones e a guerra tecnológica<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Vanessa Melnixenco e Vinícius Prado da Fonseca*</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: right;">
<span style="line-height: 20.799999237060547px; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"In the Age of the Almighty Computer, drones are the perfect warriors. They kill without remorse, obey without kidding around, and they never reveal the names of their masters". - Eduardo Galeano</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos os dias, manchetes e noticiários estampam cenas cruéis de um mundo em guerra. Apesar da frugalidade e até frieza com as quais essas informações são transmitidas, o que mais afronta é constatar que a grande maioria das vítimas é de civis, pessoas inocentes que tentavam sobreviver em uma zona de risco e, talvez, até mesmo alheias às reais causas do conflito.<u></u><u></u></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Infelizmente, não é de hoje que civis são vitimados em combates. O revolucionário Friedrich Engels, no século XIX, ficou horrorizado diante da explosão de uma bomba em Westminster Hall, “porque, como velho soldado, afirmava que a guerra se travava contra combatentes e não contra não combatentes”[1]. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E se pudesse ter vivido o suficiente para assistir à Primeira Guerra Mundial, provavelmente, a sua repulsa seria maior.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Primeira Grande Guerra contribuiu significativamente para a inovação tecnológica. Não há dúvidas, como disse o historiador Eric Hobsbawm, “que a guerra ou a preparação para a guerra foi um grande mecanismo para acelerar o progresso técnico”[2]. E esse grande conflito pelo qual a “Era dos Extremos” foi inaugurada, permitiu a criação de diversos inventos ou o desenvolvimento de tecnologias para fins militares, como os tanques, os armamentos pesados e os aviões. Esses últimos alcançaram sua maioridade durante a Segunda Guerra Mundial, quando foram essenciais para destruir alvos terrestres e marítimos, mas também, para aterrorizar civis.<u></u><u></u></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os avanços tecnológicos militares atingiram um patamar ainda mais elevado durante o período de Guerra Fria, quando armar-se era a melhor forma de proteger-se, a famosa “corrida armamentista”. E, de uns anos pra cá, o desenvolvimento da ciência tecnológica é cada vez mais veloz. Atualmente, a mais famosa arma de guerra são os veículos aéreos não tripulados, ou simplesmente, <i>drones</i>.<u></u><u></u></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os drones, veículos aéreos não tripulados (VANT), no jargão em português, são uma classe de aeronaves operadas remotamente. Diferentes nomenclaturas são utilizadas de acordo com características de tamanho (dentre os tipos mais comuns estão o nano e micro VANT, com escala desde centímetros a alguns metros), utilização (reconhecimento, transporte, vigilância, comunicação, etc) e nível de independência do operador (veículo remotamente operado, missão pré-planejada, coordenação de vários veículos, etc). </span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Atualmente a pesquisa é focada, na sua grande maioria, em aplicações específicas (agricultura, vigilância, incursões militares, defesa civil, etc) ou na autonomia do veículo como agente inteligente da missão. A parte de telemetria e operação remota já tem bases bem consolidadas desde o desenvolvimento dos primeiros aeromodelos. Assim a tomada de decisão inteligente tem sido o foco de inúmeros governos e grupos de pesquisa, não no campo aéreo mas no estudo dos veículos autônomos em geral (terrestres e aquáticos). Uma infinidade de diferentes tipos de sensores podem ser utilizados para prover diversos níveis de automatismo. Desde simples controle de voo, passando por navegação autônoma, até mira automática já podem ser desenvolvidos utilizando tecnologias no estado da arte.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como equipamento militar, os drones estão sendo utilizados, principalmente, em guerra de terror, ou seja, naqueles conflitos que, necessariamente, não estão concentrados em uma única região ou país. Apesar de poderem desempenhar um papel cirúrgico, milhares de pessoas inocentes estão sendo vitimadas por disparos e bombardeios.<u></u><u></u></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 21.299999237060547px;">Como vimos, há mais de um século que as guerras possuem uma característica impessoal. Bastava o apertar de um botão ou o virar de uma alavanca para uma bomba ceifar milhares de vidas. As vítimas existiam, mas eram invisíveis, apenas estatísticas. Todavia, as guerras atuais parecem ser ainda mais cruéis. Essa constatação foi feita pelo grande pensador contemporâneo Zygmunt Bauman ao sugerir que “os desenvolvimentos tecnológicos mais fundamentais dos últimos anos não foram pesquisados e introduzidos para aumentar o poder mortífero dos armamentos, mas na área da “adiaforização” da matança militar (ou seja, sua exclusão da categoria de ações sujeitas à avaliação moral)”</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; line-height: 16.866666793823242px;">[3]</span><span style="line-height: 21.299999237060547px;">.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como ele mesmo diz sobre os drones, sua função manifesta, isto é, a função que se refere aos efeitos intencionalmente buscados, “é habilitar seu operador a localizar o objeto da execução”. Mas não estariam os drones possibilitando um desligamento moral do operador diante do alvo? Uma vítima inocente condenada pela mira de um drone não poderia ser justificada como um erro técnico? Se os drones podem desempenhar papéis tão precisos, por que ainda há tantas mortes de civis? Talvez a resposta esteja na sentença de Eduardo Galeano de que “quando as guerras vão bem, a economia vai melhor”[4].</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">*<span style="line-height: 18.399999618530273px;">Mestre em Sistemas de Engenharia e Computação pelo Instituto Militar de Engenharia (1792). </span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Tocantins.</span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 14.949999809265137px;">[1]HOBSBAWM, Eric. <i>Era dos Extremos</i>: o breve século XX: 1914-1991. Tradução de Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 22p.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 16.866666793823242px;">[2]</span><i style="line-height: 16.866666793823242px;">Ibdem</i><span style="line-height: 16.866666793823242px;">. 54p.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[3]BAUMAN, Zygmunt. <i>Isto não é um diário</i>. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. 167p.</span></span></div>
<div class="ecxMsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify;">
<span style="line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[4] GALEANO, Eduardo. <i>O teatro do bem e do mal</i>. Tradução de Sérgio Faraco. Porto Alegre: L&PM, 2006.</span></span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-9193075469958459612014-07-16T18:23:00.003-07:002014-07-16T18:36:57.973-07:00Exposição: Salvador Dalí<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sábado passado, dia 12 de julho, fui com minha amiga francesa Lea conferir a tão esperada exposição das obras do Salvador Dalí (1904-1989) no CCBB do Rio. Só pudemos concordar com nossas expectativas: que a mostra está impecável! São cerca de 150 obras do artista, entre pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, ilustrações, documentos e vídeos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcKSkxeYY1rBTLLg3cJt03Cav2FJbSXKoAEc1Fak4NckCnuvfNKDNLdUlMtEk38nP8Rk6LekA1kUzJZrS8p7veW01rqjvNXAJy6nPWs8FadIFcDUyj_0asTz-vCT1dyRaK_MqLaQzkNlmF/s1600/20140712_093720.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcKSkxeYY1rBTLLg3cJt03Cav2FJbSXKoAEc1Fak4NckCnuvfNKDNLdUlMtEk38nP8Rk6LekA1kUzJZrS8p7veW01rqjvNXAJy6nPWs8FadIFcDUyj_0asTz-vCT1dyRaK_MqLaQzkNlmF/s1600/20140712_093720.jpg" height="400" width="300" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">A maioria das obras é referente ao período surrealista, mas logo no início da exposição já somos apresentados a algumas fases um pouco desconhecidas de Dali, como as obras impressionistas, cubistas e abstratas. Ou seja, é uma exposição bem completa que nos leva a conhecer as várias facetas do artista e a sua evolução artística.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além das diversas fases, o que mais me chamou a atenção foram as ilustrações que Dalí fez para diversos clássicos da literatura universal. Os desenhos inspirados em <i>Don Quixote de La Mancha</i>, <i>O Velho e o Mar</i> e <i>O Fausto</i> são de uma beleza e profundidade incríveis. Aliás, acho que nenhum artista vai conseguir reproduzir tão bem as passagens de Alice no País das Maravilhas!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizmQWvSF08tJwqkZFVBX9RRVaZd-DO7ugGgcCbEj2sRcCWz5FPO0NwQJ_IH2zVTp4H-CwPG43mZYTej_5t8kfCSTYYEOiJXkgnKFJW0inqCoAUunIhK-odoXK097onYGcrLxCutYZsp9hg/s1600/10556857_10203905358297397_7625551447714639609_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizmQWvSF08tJwqkZFVBX9RRVaZd-DO7ugGgcCbEj2sRcCWz5FPO0NwQJ_IH2zVTp4H-CwPG43mZYTej_5t8kfCSTYYEOiJXkgnKFJW0inqCoAUunIhK-odoXK097onYGcrLxCutYZsp9hg/s1600/10556857_10203905358297397_7625551447714639609_o.jpg" height="400" width="300" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A museografia da exposição ficou muito boa. As obras estão bem organizadas, dispostas em ordem cronológica e bem iluminadas. No entanto, as legendas foram afixadas com uma certa distância dos quadros, o que dificultava um pouco na compreensão das obras. Outro problema que percebi é referente aos vídeos. O áudio de alguns deles só podia ser acessado por um fone. Logo, se o fone estivesse ocupado, era necessário esperar a pessoa terminar de usá-lo, algo que não é compatível com uma exposição desse porte.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 18.399999618530273px;">De acordo com a curadora da exposição e diretora do Centro de Estudos Dalilianos da Fundação Gala-Salvador Dalí, Montse Aguer, esta é a maior reunião de obras do artista já feita no Brasil. Na verdade, essa exposição foi criada para o Brasil: cerca de 95% dos trabalhos expostos são inéditos por aqui! Foram necessários cinco anos para reunir todos os trabalhos. </span><span style="line-height: 18.399999618530273px;">As obras vêm das principais instituições colecionadoras do artista: Fundação Gala-Salvador Dalí, em Figueres, Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri, e o Museu Salvador Dalí, na Flórida. Já os livros e documentos foram cedidos pelo Centro de Estudos Dalilianos.</span></span><br />
<i style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></i>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i style="background-color: white;">Salvador Dalí</i><span class="apple-converted-space" style="background-color: white;"> </span><span style="background-color: white;">fica em cartaz no CCBB-RJ até 22 de setembro e depois segue para o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, onde poderá ser visitada de outubro a dezembro deste ano.</span></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7OEkJp4g4UHxe1F0oFjx8Y0sZlWN6SZc_HT_NQrgWLjhdvoxsEQWMInCM1Us0F0AN6Il4Kp71fusgzq60dOufz7eNUPJwNgKwDtgJieOyUG18o5OBWKNx9fJhP3B4sAEqVP9p82VNaZ1D/s1600/20140712_102129.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7OEkJp4g4UHxe1F0oFjx8Y0sZlWN6SZc_HT_NQrgWLjhdvoxsEQWMInCM1Us0F0AN6Il4Kp71fusgzq60dOufz7eNUPJwNgKwDtgJieOyUG18o5OBWKNx9fJhP3B4sAEqVP9p82VNaZ1D/s1600/20140712_102129.jpg" height="300" width="400" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">DICA: Chegamos por volta das 10 horas da manhã e não tivemos nenhum impedimento. Saímos em torno de meio dia e a fila já estava do lado de fora do prédio! Portanto, cheguem cedo!</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-32311239128950591612014-07-09T18:30:00.000-07:002014-07-09T18:50:54.227-07:00A Paris de Assassin's Creed Unity<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há, praticamente, um mês, a Ubisoft anunciou oficialmente o
sétimo jogo da série Assassin’s Creed, famosíssima pelas batalhas que revivem
grandes épocas do passado, como as Cruzadas, o Renascimento e a Revolução
Americana. Dessa vez, o jogo se passará em um dos momentos mais importantes da
história: a Revolução Francesa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com o site oficial (http://assassinscreed.ubi.com/)</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, o jogo compreenderá desde a
Queda da Bastilha até a execução de Luís XVI, isto é, de 1789 a 1794, o período
mais violento da Revolução: quando a pena de morte foi mantida e a perseguição
aos “inimigos da revolução e da pátria”, o “Terror”, foi ferrenha. Em outras
palavras, um momento perfeito para os propósitos do jogo: uma irmandade de
assassinos que luta para revelar as forças das trevas que manipulam a Revolução
Francesa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É sabido que a Revolução não se passa apenas em Paris, mas
também na área rural, vide os movimentos por parte dos camponeses que atacavam
os castelos para destruir os registros feudais, o “Grande Medo” dos nobres proprietários.
No entanto, o novo jogo da Ubisoft tem somente a Paris de fins do século XVIII
como palco. Parece pouco, até sermos apresentados ao trailer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O gráfico é de arrepiar! As ruas estreitas, os casebres e
edifícios baixos, o amontoado de barracas e pessoas, tudo com uma riqueza de
detalhes impressionante! Com certeza, a equipe da Ubisoft teve um grande
trabalho de pesquisa para reproduzir a Paris da Revolução, principalmente, por
ter restado tão poucos resquícios desse período na urbe atual. A Paris que
conhecemos hoje é fruto das reformas de 1851 a 1870 comandadas pelo prefeito
Haussmann, uma cidade que estava sendo construída para atender as prerrogativas
do mundo moderno e pós-liberal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Paris da Revolução Francesa era um espaço que ainda guardava
uma razoável harmonia com o ambiente natural, isto é, uma cidade que se
adaptava às condições do meio preexistente, às características do terreno e ao percurso
dos rios. Essa é a razão das ruas tão estreitas, das casas amontoadas, sem
planejamento ou equilíbrio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E a paisagem urbana da Paris de Assassin’s Creed Unity está
tão bem desenhada, que está chamando a atenção, até mesmo, dos especialistas.
Por isso, eu decidi fazer uma tradução livre de uma entrevista feita pelo
jornal francês “Le Figaro” a um especialista em história de Paris e do século
XVIII. Fiquei com a impressão de que a entrevista poderia ter sido um pouco
mais profunda, mas é muito interessante mesmo sendo curtinha. Espero que
gostem!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"O trailer de Assassin’s Creed Unity passa pelo crivo da
História<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/xzCEdSKMkdU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ENTREVISTA – A Ubisoft revelou essa semana o Assassin’s
Creed Unity, o próximo episódio da sua famosa saga de videogame, que se passará
em Paris durante a Revolução. Le Figaro pediu a Jean-Yves Sarazin, diretor do
departamento de mapas e plantas da BnF, para avaliar a autenticidade histórica
das primeiras imagens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jean-Yves Sarazin, diretor do departamento de mapas e
plantas da Biblioteca Nacional da França, é especialista em história de Paris e
mais particularmente do século XVIII.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">LE FIGARO – Você acha que o trailer de Assassin’s Creed
Unity reproduz fielmente a Paris da Revolução Francesa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, ele o faz muito bem. Nele, encontramos as
características das ruas parisienses: aglomeradas, não muito limpas... À época,
as ruas eram o cenário da vida cotidiana e isso fica evidente aqui. Apesar de
alguns pensarem de modo nostálgico, a vida em Paris não era confortável. Havia
também os resíduos e imundície nas ruas, mesmo já existindo serviços de
limpeza. É obviamente impossível reproduzi-las em um jogo de videogame, mas as
ruas de Paris não estão tão ruins. Não havia calçadas, o que bem vemos no
vídeo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As casas são semelhantes às quais podiam ser encontradas na
época?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os telhados e as fachadas são fielmente reproduzidos, esta é
uma grande obra de reconstituição. Paris já era uma cidade de pedra nessa
época, já não havia muitas construções em madeira, como mostrado no trailer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando estamos no segundo distrito e nas áreas centrais, nós
podemos ver uma quantidade de imóveis construídos na época. Prédios de quatro a
cinco andares, os andares inferiores com um pé direito alto. Vemos também que os
telhados parisienses são íngremes e sem terraço, esses últimos não existiam no
norte da França.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os interiores são bastante autênticos, mas é muito fácil
reproduzi-los fielmente; há uma série de pinturas datadas deste período, pelas
quais os criadores puderam se basear.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A população que vemos nas ruas corresponde aos parisienses
de então?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, nós vemos, por exemplo, a periferia de Saint-Antoine, nas
imediações da Bastilha. É especialmente ali que encontramos os trabalhadores de
Paris. Embora, deve-se ter em mente, havia muita pouca segmentação social em
Paris. Não era de um lado a burguesia, as classes médias de outro. Havia uma
mistura social muito mais sistemática do que a Paris de hoje, apesar de que
algumas áreas já eram ricas em sua maioria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Obviamente, a Revolução é um momento especial. Estamos,
então, em um momento de turbulência, que se reflete nas ruas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você reparou alguma incoerência nos vídeos apresentados
pela Ubisoft?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que não aparece nos trailers são os cavalos. Entretanto,
havia 200 mil cavalos em Paris – que, não podemos esquecer, era muito menos
vasta do que hoje. Dessa forma, mesmo que todos eles não estivessem na rua, a
quantidade seria grande. O cavalo era essencial para a vida cotidiana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vemos também um pouco de neblina no vídeo. Na verdade, havia
muito neblina na época; a visibilidade em Paris não era muito boa. Todo mundo
tinha um “foyer” na casa para aquecer e preparar as refeições. A queima de
madeira, inevitavelmente, emanava uma grande quantidade de fumaça. Isso,
certamente, diminuiu no verão, já que os parisienses não iriam precisar de
aquecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você ficou convencido com a reprodução de Paris que pode ser
vista no primeiro vídeo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, é muito interessante. Eu não encontrei nenhum anacronismo,
quer no sentido de antiguidade, ou na direção da modernidade. Além disso, se
quisermos ter uma ideia de como era a vida na Paris do século XVIII, é só irmos
à Nápoles. Quando estamos no centro histórico de lá, e ignoramos os carros e
telefones celulares, vemos como é a vida da cidade no seu exterior, exatamente
como foi o caso de Paris.</span><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A entrevista original pode ser vista aqui: </span></o:p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.lefigaro.fr/histoire/culture/2014/06/13/26003-20140613ARTFIG00419-la-bande-annonce-d-assassin-s-creed-unity-passee-au-crible-de-l-histoire.php</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-28495548092884402872014-07-02T10:38:00.001-07:002014-07-02T11:16:39.529-07:00Por que ler os clássicos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Sempre tive o desejo de ler uma obra do Italo Calvino
(1923-1985), mas só me caíam nas mãos alguns de seus artigos. Até que dias atrás
encontrei numa biblioteca a primeira edição de “Por que ler os clássicos”
publicada pela Companhia das Letras em 1993. Por ser um livro póstumo, seu
conteúdo se divide em 36 artigos de diferentes datas, organizados pela esposa
de Calvino, que tratam de clássicos da literatura antiga à contemporânea.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKNv0787Vyyl5jmctOwH9faTcvdWW7rn3UUkV5pgP_A3AcCK6iR8SuyXmwAd9mhKHbPNTlfKjmqe_jVCaTw2VJc-VOWzfIFP9sgTdlzELlaftIO23PN39Xe4FCiybDdGxLaU6UnQ3o4Pg0/s1600/DSC03328.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKNv0787Vyyl5jmctOwH9faTcvdWW7rn3UUkV5pgP_A3AcCK6iR8SuyXmwAd9mhKHbPNTlfKjmqe_jVCaTw2VJc-VOWzfIFP9sgTdlzELlaftIO23PN39Xe4FCiybDdGxLaU6UnQ3o4Pg0/s1600/DSC03328.JPG" height="400" width="300" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para mim, o mais interessante de todo o livro é a introdução,
na qual ele explica a importância de se ler os clássicos. A escrita de Calvino
é impecável e tenho certeza de que não vou conseguir explicar melhor do que
ele, mas só vou destacar as questões que me despertaram a atenção e me ajudaram
a lidar com o tema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo Calvino, um clássico é uma obra que gera um “efeito
de ressonância” que tem a capacidade de perdurar além do tempo de sua produção.
Nas palavras do autor, “os clássicos são aqueles livros que chegam até nós
trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os
traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram (ou mais
simplesmente na linguagem ou nos costumes)”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em decorrência da palavra “clássico”, logo fazemos uma
associação com obras muito antigas, no entanto essa denominação se encaixa
também para as obras modernas, mas que já tenham conquistado um lugar próprio
numa “continuidade cultural”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Geralmente, nossa primeira aproximação com os clássicos se
dá no período escolar, quando somos apresentados aos ícones da literatura
nacional. Lembro-me que só de ouvir os nomes de Machado de Assis, Lima Barreto,
Aluízio de Azevedo, já ficava arrepiada! Achava um absurdo ter de ler obras tão
chatas. Mas, como poderia considerá-las chatas, se nem ao menos as tinha lido? E
quando li “A Moreninha”, por exemplo, me derreti de amores pelo Joaquim Manoel
de Macedo! E essa é uma das características dos clássicos: “quanto mais
pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato mais se revelam
novos, inesperados, inéditos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com Calvino, o papel da escola é fundamental para
que conheçamos um certo número de clássicos, querendo ou não. Esse contato nos
oferece instrumentos para efetuar opções futuras de leitura e, dentre elas,
escolher os “nossos” clássicos. Além disso, devemos ser apresentados aos textos
originais, evitando as adaptações, interpretações ou bibliografia crítica, pois
“nenhum livro que fala de outro livro diz mais sobre o livro em questão”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A leitura da juventude é formativa no sentido de dar forma às
“experiências futuras, fornecendo modelos, recipientes, termos de comparação,
esquemas de classificação, escalas de valores, paradigmas de beleza: todas,
coisas que continuam a valer mesmo que nos recordemos pouco ou nada do livro
lido”. Ao mesmo tempo, pode ser pouco profícua pela “impaciência, distração,
inexperiência das instruções para o uso, inexperiência da vida”.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dessa forma, “ler pela primeira vez um grande livro na idade
madura é um prazer extraordinário (...). A juventude comunica ao ato de ler
como a qualquer outra experiência em sabor e uma importância particulares; ao
passo que na maturidade apreciam-se (deveriam ser apreciados) muitos detalhes,
níveis e significados a mais”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Calvino também ressalta que, geralmente, os clássicos são
aqueles livros dos quais se ouve dizer: “Estou relendo...” e nunca “Estou
lendo...”. No entanto, “o prefixo reiterativo antes do verbo ler pode ser uma
pequena hipocrisia por parte dos que se envergonham de admitir não ter lido um
livro famoso”. Lembro-me que uma vez estava desfilando com um exemplar de Orgulho
e Preconceito e me perguntaram se o estava relendo. Na verdade, era a primeira
vez que tinha a oportunidade de ter a obra em minhas mãos e, diante da
pergunta, acabei confirmando com a cabeça, pois me pareceu ridículo uma moça
de, na época, 22 anos nunca ter lido o clássico da Jane Austen. Mas, Calvino
nos tranquiliza ao dizer que por maiores que sejam as leituras “de formação”
que tenhamos feito, resta sempre um número enorme de obras para serem lidas
futuramente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, a releitura de um clássico é uma leitura de
descoberta. Se os livros mudam à luz de uma perspectiva histórica diferente,
por que não mudariam diante de nós, que somos “metamorfoses ambulantes”? Dessa
forma, “usar o verbo ler ou reler não tem nenhum importância”!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas, se não bastassem os clássicos, ainda somos o tempo todo
bombardeados pelas produções atuais e pelos best sellers. Fica difícil saber
conciliar entre um e outro. Mas, segundo Calvino, “o rendimento máximo da
leitura dos clássicos advém para aquele que sabe alterná-la com a leitura de atualidade
numa sábia dosagem”. Portanto, cabe a cada leitor saber reservar seu momento
para cada tipo de leitura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E para terminar, fecho com as próprias conclusões de Calvino:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“A única razão que se pode apresentar é que ler os clássicos
é melhor do que não ler os clássicos. E se alguém objetar que não vale a pena o
esforço, citarei Cioran: “Enquanto era preparada a cicuta, Sócrates estava
aprendendo uma ária com a flauta. ‘Para que lhe servirá?’, perguntaram-lhe.
Para aprender esta ária antes de morrer’”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfBt-ZtyK0J_ABhlZODLiOf1H31sE00JzWrBhlW643ZEnn8pJiCOAhXeKk_fFMx92Re2DOlwhM_8xtszb6S8VGEpO5gtHVf4Ffb4DOSTjdmHYvWqSQj68LI6fiHeBMOl1WsDDXKEy60Hx9/s1600/DSC03329.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfBt-ZtyK0J_ABhlZODLiOf1H31sE00JzWrBhlW643ZEnn8pJiCOAhXeKk_fFMx92Re2DOlwhM_8xtszb6S8VGEpO5gtHVf4Ffb4DOSTjdmHYvWqSQj68LI6fiHeBMOl1WsDDXKEy60Hx9/s1600/DSC03329.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-7618759555525302012014-06-25T13:45:00.003-07:002014-07-02T10:52:07.506-07:00O olhar de Jaroslava<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">Caro(a)s leitore(a)s,<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">No post passado falei um pouquinho sobre o título do blog. Hoje, ainda em ritmo de introdução, vou tratar da imagem que ilustra o cabeçalho da página.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">A ilustração é um fragmento da obra intitulada “Retrato da filha de Mucha, Jaroslava”, confeccionada entre os anos de 1927 e 1935 pelo artista tcheco Alphonse Maria Mucha (1860-1939), ou simplesmente, Alphonse Mucha. Desde fins do século XIX, ele é considerado um dos expoentes do estilo Art Nouveau, tendo realizado inúmeras pinturas, desenhos, cartazes publicitários, fotografias, esculturas e joias. A maioria destes trabalhos se encontram expostos no Mucha Museum, em Praga, mas muitos deles são disponibilizados para exibições em galerias ao redor do mundo. Que eu saiba, o Brasil ainda não recebeu nenhuma dessas obras e, então, só nos resta torcer para que um dia nos presenteiem com essas obras-primas!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">Jaroslava, a primeira filha de Mucha, nasceu no ano de 1909 em Nova York. Ela foi retratada em diversos trabalhos do pai, não só porque posava para ele, mas também porque o auxiliava como assistente técnica (tais atividades lhe renderam a profissão de conservadora de arte). A tela a óleo que ilustra atualmente o nosso blog foi confeccionada durante a composição da série intitulada “Épico Eslavo”, obras que retratam os principais fatos da história desse povo. Assim, Jaroslava foi retratada com um lenço que nos remete aos turbantes, acessórios típicos do oriente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 18.399999618530273px;">Essa pintura se distancia um pouco dos trabalhos gráficos em <i>art nouveau</i> de Mucha, tendo um toque mais clássico. As simetrias das linhas conduzem nossa atenção para o centro do quadro, onde está retratado o rosto de Jaroslava que, ao mesmo tempo, parece exprimir delicadeza e seriedade. O olhar intenso da jovem nos cativa a atenção, dando a impressão de que, a qualquer momento, ela fará uso da famosa fala das esfinges: decifra-me ou devoro-te! Pelos mistérios que guardam este olhar, seja pelas experiências da própria Jaroslava refletidas na tela ou pelos rostos que passaram diante deste quadro, é que hoje ele se encontra no cabeçalho deste blog: para que nos sintamos indagados a cada miragem de Jaroslava sobre nós.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Cp7Gk3Aqwdp77rGi0ORR3u05egVTO84edLectEVk1QaFpZZYLZMunRBFo2hyphenhyphengDstLW8bGE6xP3YtgxPr7-uENMRo4y7CQSWJ5WY4gPCzyyp0m3hp7KD6K6_HU09apqozIgiK45IyhGX_/s1600/Portrait_of_Mucha's_Daughter,_Jaroslava_-_Alfons_Mucha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Cp7Gk3Aqwdp77rGi0ORR3u05egVTO84edLectEVk1QaFpZZYLZMunRBFo2hyphenhyphengDstLW8bGE6xP3YtgxPr7-uENMRo4y7CQSWJ5WY4gPCzyyp0m3hp7KD6K6_HU09apqozIgiK45IyhGX_/s1600/Portrait_of_Mucha's_Daughter,_Jaroslava_-_Alfons_Mucha.jpg" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>Retrato da filha de Mucha, Jaroslava</i>. c. 1927-35. Óleo sobre tela. 73 x 60 cm. Mucha Foundation.</span></div>
Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8449044902337577811.post-30058508410107226362014-06-18T19:07:00.002-07:002014-06-19T17:32:15.957-07:00Seja bem-vindo(a)!<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Caro(a) leitor(a), este é um blog reincidente! Seu
começo remete há cinco anos, em 2009, quando decidi criar um espaço para
publicar meus escritos. Eram produções aleatórias e sem muita importância, o
que foi decisivo para a primeira desistência. Algum tempo depois, veio a minha
mente a ideia de postar no blog as citações que eu costumava destacar nos
livros. Dessa forma, surgiu um blog com um novo perfil. Todavia, novamente, as
simples transcrições me cansaram, apesar de as leituras não cessarem. Quase um
ano depois, estou retornando, mas agora com uma página envolta em nova
roupagem. Pretendo utilizar esse espaço para tratar de literatura, arte e
história, curiosidades ou praticidades referentes a esses temas. Enfim, uma
página cultural!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E, para começar, acho que devo uma explicação quanto ao
título. Embora eu tenha feito certo esforço em busca de um nome interessante e
criativo, o título acabou vindo até mim por meio de um livro. Tenho a mania de
percorrer todas as linhas de uma obra, desde a ficha catalográfica até os
créditos de impressão. E, ao iniciar a leitura de uma edição de bolso de
“Filosofia medieval” de Alfredo </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Storck<u>¹</u></span></span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">, encontrei, praticamente escondida, a
epígrafe que dizia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Lecturis salutem</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">(Palavras usualmente empregadas <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">por copistas no início de seu trabalho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Na mesma hora, tomei a expressão como minha fazendo dela o
cabeçalho do blog. E, apesar de tantos recomeços, ainda tenho um certo carinho
por ela, o que me faz mantê-la!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Lecturis salutem</i> é uma expressão latina que significa
“saudações ao leitor”. Como já dito, era encontrada logo no início dos trabalhos
dos copistas medievais. É sabido que antes da disseminação das tipografias, a
partir do século XV, as obras eram escritas manualmente por monges que se
dedicavam unicamente a essa função. De acordo com o historiador Jacques </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Verger<u>²</u></span></span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">, especialista em medievalismo, os bons copistas (“scriptorias”) eram raros e
trabalhavam lentamente, “por volta de duas folhas e meia por dia, em média”.
Portanto, em um ano, um copista tinha condições de produzir mil folhas
manuscritas, sem contar as iluminuras, verdadeiras obras de arte. A produção de
uma obra durante a Idade Média era, portanto, penosa e onerosa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredito eu, que a partir desse pressuposto, estabeleceu-se
uma formalidade entre o produtor e o leitor através da expressão <i>Lecturis
salutem</i>. Ela poderia definir uma certa proximidade e, por que não, uma
aclamação em respeito ao portador do livro que, afinal, não era de fácil
acessibilidade, já que o leitor deveria ser abastado e, ao mesmo tempo,
letrado. Não obstante, o copista também era um intelectual e um artista, o qual
tinha grande valor na escala social. Portanto, as saudações ao leitor
apresentavam-se como um detalhe sutil, mas que não deixavam de trazer uma forte
carga de simbolismos.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar de o Brasil ser um país que nasce praticamente junto
com a Era Moderna, possuímos um grande acervo de livros medievais. Além dos
arquivos particulares, as bibliotecas públicas guardam preciosos tesouros. A
principal delas é a Fundação Biblioteca Nacional localizada na cidade do Rio de
Janeiro, que teve seu início com a vinda da Família Real portuguesa para o
Brasil, em 1808, e que trouxe consigo o acervo do reino composto por mais de
sessenta mil peças. Atualmente, a BN passa por um rigoroso trabalho de
digitalização de seu acervo, o qual é disposto online para os interessados e
curiosos. Para acesso aos livros medievais ou qualquer outra obra, é só clicar
neste link: <a href="http://bndigital.bn.br/">http://bndigital.bn.br/</a> e
ficar por dentro das novidades sobre o passado!</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidnOnJPCo2Od1aksaYtSHCHXaycLLIOoN3p93CHgcLfegnQB84dPl53Fi1f5wJ6QtDTXYVUocvYS2aHufKFcXfG6pUq-Dzqi67zISz0FyzRH9OqwqAVeXIDB0UtsHyBNDsCgW4rfyph-o8/s1600/med.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidnOnJPCo2Od1aksaYtSHCHXaycLLIOoN3p93CHgcLfegnQB84dPl53Fi1f5wJ6QtDTXYVUocvYS2aHufKFcXfG6pUq-Dzqi67zISz0FyzRH9OqwqAVeXIDB0UtsHyBNDsCgW4rfyph-o8/s1600/med.png" height="640" width="457" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Página do livro "<span style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Incip[it] epe'a sci iheronimi ad paulinnu[m] p[re]sbiteru[m] : de omibs divine historie libris"<b> </b>de 1462. Acervo: Fundação Biblioteca Nacional (Brasil). Reparar no carimbo da "Real Bibliotheca".</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 15.333332061767578px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15.333332061767578px;"><span style="font-size: x-small;">[1] STORCK, Alfredo Carlos. <i>Filosofia medieval</i>. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 16.866666793823242px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">[2] VERGER, Jacques. <i>Homens e saber da Idade Média</i>. Bauru: Edusc, 1999.</span></span></div>
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<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
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<br /></div>
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Vanessa Melnixencohttp://www.blogger.com/profile/12755011112713303994noreply@blogger.com0